"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

sábado, 26 de janeiro de 2008

Sonoridade Oriental


A cítara é um instrumento musical de várias cordas presas sobre um arco de madeira, com ou sem caixa de ressonância, que se toca com ambas as mãos e tem suas origens na Índia. A lenda diz que o imperador Nero queimou Roma tocando uma cítara. Composta por onze cordas de ressonância e sete que são tocadas, é muito leve, feita geralmente com duas cabaças, uma para o corpo e uma acoplada no braço do instrumento para servir apenas como ressonância. As cordas são feitas de cobre ou bronze e também nylon. É afinada em quintas, entre os tons dó, dó# e ré. Wikipédia

Por Marcus Rampazzo/Beatles for ever


A INFLUÊNCIA DA CÍTARA NA MÚSICA OCIDENTAL E O DIFÍCIL APRENDIZADO

A música pop de meados dos anos 60 foi muito influenciada pela infusão de sonoridade oriental das cítaras - com seu som estridente e permeado de zumbidos - onde se destacavam os Beatles, seguidos posteriormente pelos Rolling Stones e Yardbirds. Com isso os produtores de discos ficaram numa dúvida cruel: por causa da violenta investida do psicodelismo na música pop, havia o desejo de se colocar cítara em seus discos, mas poucos eram os tocadores deste instrumento nos EUA. Por isso, quem quizesse tocar o instrumento tinha que ir à procura de um professor de cítara, os musicos acabavam descobrindo que havia uma espécie de barreira de linguagem que dificultava o aprendizado, pois a nomenclatura ocidental para as notas musicais- do, ré, mi, fá, sol, lá, si- era (e ainda é) diferente do oriental sa, ri, ga, ma, pa, dha, ni- além de não haver um padrão de afinação para cítara indiana.
Os produtores começaram a se tornar cada vez mais exigentes e conforme coisas mais complexas iam sendo escritas para cítara, mas difícil ficava de ler, pois a maioria das músicas para cítara era baseada em improvisações.

Numa linha mais experimental em termos musicais, num clima oriental para reforçar a influência que a primeira viagem para a Índia que os Beatles fizeram, disponibilizamos a sensacional Tomorrow Never Nows, gravada nos 80 pelo The Mission e por Danielle Dax, e que pode ser considerada marco divisório da carreira dos Beatles, transformando os Reis do Ie Ie Ie em místicos adeptos da meditação e músicos dispostos a arriscar mais, colocando nas músicas sons até então exclusivos da música oriental.

Tomorrow Never Knows - Beatles

Turn off your mind, relax and float down stream,
It is not dying, it is not dying
Lay down all thoughts, surrender to the void,
It is shining, it is shining.
Yet you may see the meaning of within
It is being, it is being
Love is all and love is everyone
It is knowing, it is knowing
And ignorance and hate mourn the dead
It is believing, it is believing
But listen to the colour of your dreams
It is not leaving, it is not leaving
So play the game "Existence" to the end
Of the beginning, of the beginning

Amanhã Nunca se Sabe (Tradução)

Desligue sua mente, relaxe e flutue na correnteza
Não está morrendo, não está morrendo
Pare de pensar, renda-se ao vazio
Está brilhando, está brilhando
Você ainda pode ver o significado de "dentro"
É o ser, é o ser
Amor é tudo e amor é todo mundo
Isso é conhecer, isso é conhecer
E a ignorância e o ódio velam a morte
Isso é acreditar, isso é acreditar
Mas ouça as cores dos seus sonhos
Isso é não desistir, isso é não desistir
Então jogue o jogo "Existência" até o final
Do começo, do começo

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