"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

segunda-feira, 31 de março de 2008

Bailando com Rita Pavone

Hoje, girei pelo mundo italiano e encontrei Rita Pavone, (Turim, 23 de agosto de 1945) é uma cantora e atriz italiana, muito querida esta Rita Pavone... me fez dançar muitos bailinhos de garagem quando estava no ginásio, éramos tão inocentes...mas éramos muito felizes e de fato sabíamos.

Esta música, "Datemi Un Martello", fez das nossas festas inesquecíveis...
...o rostinho colado nas músicas românticas como "Cuore", levava a gente para as estrelas...e parava aí mesmo, só no rosto colado, beijo na boca era compromisso...não da nem para comparar com a galera de hoje que encaram uns 20 ficantes em apenas uma festa...ainda prefiro os meus bailinhos com mais romantismo...rs*

Vendo a letra e ouvindo a música, pensei em como ainda sou uma garotinha sonhadora...rs...e me fez feliz...
Muitas risadas com estes dois videos...muito bom! Vale dar uma espiada.


O post vai para as músicas que nos fazem recordar e como recordar é viver...
...mando duas para arrebentar! *-*




Datemi un martello

Rita Pavone
Composição: Bardotti, Mays E Seeger


Datemi un martello
Che cosa ne vuoi fare
Lo voglio dar in testa
A chi non mi va
A quella smorfiosa
Con gli occhi dippinti
Che tutti quanti fa ballare
Lasciandomi a guardare
Che rabbia mi fa
Che rabia mi fa

Datemi un martello
Che cosa ne vuoi fare
Lo voglio dar in testa
A chi non mi va
A tutti le coppie
Che stano apiccicati
Che vogliono le luce spente
E le canzone lente
Che noia mi da

E datemi un martello
Che cosa ne vuoi fare
Rompere il telefono
Lo opereró perchè si
Tra pocchi minutti
Mi chiamerà la mamma
Il babbo esta per tornare
A casa devo andare
Che voglia ne ho no no no
Um colpo sulla testa
A chi non è dei nostri
Così lá nostra festa
Piu bella sara
Saremmo noi soli
E saremmo tutti amici
Faremo insiemo i nostri balli
E surf e hulli-gulli
Cho forza sarà





Cuore
Rita Pavone

Mio cuore,
tu stai soffrendo,
cosa posso fare per te.
Mi sono
innamorata
per te pace no, no, non c'e'.
Al mondo,

se rido e se piango,
solo tu dividi con me
ogni lacrima,
ogni palpito,
ogni attimo d'amor.

Sto vivendo con te
i miei primi tormenti,
le mie prime felicità,
da quando
l'ho conosciuto
per me, per me più pace non c'e'.

Io gli voglio bene, sai
sai, un mondo di bene,
e tu batti dentro di me
ad ogni piccola,
ad ogni tenera
sensazione d'amor.

Ogni giorno lo so
sempre più
sempre di più tu, tu
tu soffrirai.
Oh mio povero cuor,
Oh mio povero cuor
soffrirai di più,
ogni giorno di più,
ogni giorno, ogni giorno di più
di più, di più.

ad ogni piccola,
ad ogni tenera
sensazione d'amor.
Ogni giorno lo so
sempre più
sempre di più tu, tu
tu soffrirai.
Oh mio povero cuor,
Oh mio povero cuor.


Coração (Tradução)

Meu coração,
tu estás sofrendo,
o que posso fazer por ti.
Me sou
apaixonada,
para ti paz não, não, não tem.

No mundo,
se rio e se choro,
somente tu divides comigo
cada lagrima,
cada palpito,
cada átimo de amor.

Estou vivendo contigo
os meus primeiros tormentos,
as minhas primeiras felicidades.
Desde quando
o conheci
para mim, para mim mais paz não tem.

Eu lhe quero bem, sabes,
sabes, um mundo de bem,
e tu bates dentro de mim
a cada pequena,
a cada tenra
sensação de amor.

A cada dia eu sei
sempre mais
sempre mais tu, tu,
tu sofrerás.
Oh meu pobre coração!
Oh meu pobre coração!

Sofrerás mais,
a cada dia mais,
a cada dia,
a cada dia mais,
mais,
mais.

A cada pequena,
a cada tenra
sensação de amor.
A cada dia eu sei
sempre mais
sempre mais tu, tu, tu sofrerás.

Oh meu pobre coração!
Oh meu pobre coração!

domingo, 30 de março de 2008

Sintomas de saudades

Chegando em Sampa, Marisa Monte me recebeu cantando "Sua" e me fez pensar na saudade...
...ainda pude ver um pouco de bons textos girando pela internet, li Fernado Pessoa que é maravilhoso... e ri muito de um texto de alguém que escreve...muito bom...neste momento não me lembro do título, algo como "Diário...", perdi a página do texto..., o personagem (autor) da história tem uma desventura na espera de seu vôo e descreve muito bem a sua desgraceira nessa espera...vc chora de rir...ele tem humor dos bons no jeito de descrever os fatos...e a saudade se faz aqui!

quarta-feira, 26 de março de 2008

Co_lo_rin_do!

Vida dura esta da cidade grande...muita correria...o tempo, pouco tempo para muita coisa.
Para ela não seria diferente, mesmo adorando o que faz, o problema é que as coisas já não faziam muito sentido para o que sentia...
Se colocou a pensar...estava em busca de valores mais profundos e dentro do sufoco do dia-a-dia, não estava mais conseguindo atingir este seu objetivo...as coisas...as pessoas...lhe pareciam muito superficiais e a deixavam triste.
Tomou uma atitude que a tempos não tomava, inesperada, deixando todo o resto para trás...pegou a mochila e tomou um rumo estrada a fora...iria dar mais colorido para a sua vida...
Levou duas horas e quinze minutos para sair da cidade grande, isso significou...muito transito, muito sol, muito calor e muita poluição...até que conseguiu pegar a estrada, ela não sabia o que viria pela frente, mas estava determinada a dar mais cores para aqueles dias...
No primeiro momento, olhou a paisagem que se apresentava completamente verde...depois foi percebendo os tons de verdes diferentes...a medida que avançava mais na estrada, iam aparecendo tons de amarelos, brancos e azuis...quando fez uma curva bem acentuada, conseguiu visualizar uma plantação de girasois...simplesmente linda...estava se sentindo em uma tela de Van Gogh como no filme sonhos de Akira Kurosawa, era a pintura mais realista que já tinha visto...e se imaginou correndo entre os girasois levando uma tela de baixo do braço para ser colorida...
Então prosseguiu...
No rádio do carro tocava Elton John, que lhe fazia compania e ajudava ela ilustrar aqueles momentos...
Havia muitas nuvens se formando no céu, estavam sendo generosas com ela cobrindo parcialmente o sol que fervia sobre a pista...mirando bem a diante, estas nuvens se transformavam em vários tipos de bichos, alguns de bocão bem abertos, pena que logo se diluíam...neste mesmo momento, observou uma revoada de pássaros bem no meio da estrada e mais uma vez sua imaginação a levou para bem longe...lá estava ela voando junto com os pássaros...o mais alto que podia...mas gotas de chuvas a trouxeram para o chão... e sem exitar, parou o carro no acostamento, tirou os sapatos e as meias, ergueu as barras da calça e pisou na grama gelada que lhe refrescava os pés...caminhou um pouco e parou...ergueu a cabeça...sentiu ser acariciada pelas gotas da chuva e pelo sol que também estava ali...ficou olhando o céu azul entre as nuvens que pareciam algodão...sorriu!
Depois, olhou para frente e lá longe, do outro lado da estrada, viu uma casinha branca com janelas e porta azuis, completamente isolada no meio de tanto verde e em segundos sua imaginação a levou para lá...desta vez, levou pincéis e cavalete para colocar a sua tela e começar a pintar...se viu sentada dentro da casa com as janelas e porta abertas, a luz do dia ainda alcançava seu rosto e ela pode desenhar sua visão...grandes olhos negros...
Retomando a realidade, agradeceu aquele momento tão especial...e prosseguiu colocando a tela já iniciada no banco do passageiro...
Em cada cidadezinha que passava, as cores iam tomando tudo e todos...o sorriso, a simplicidade, os gestos das pessoas...tudo ajudava as cores ficarem cada vez mais vivas...até que avistou o exército da salvação...muitos e muitos eucalíptos, todos grudadinhos...uma a um...era como se estivessem de mãos dadas equilibrando o oxigênio que entrava em seus pulmões...e mais uma vez se viu sentada entre eles, completando aquela aquarela...o desenho ia tomando forma...já tinha olhos, nariz e boca...só estava faltando a forma daquele rosto...
Despertou...e naquele instante viu que já tinha passado a entrada do seu destino, teve que achar um retorno para voltar e foi nesse momento que viu um arco-íres que passava de um lado da estrada para o outro...se colocou subindo este arco-íres com o carro e lá no topo, deu forma ao rosto de sua aquarela...
Voltando...
Pegou a entrada certa na estrada e continuou a sua jornada feliz da vida...nem se dava conta do que estava acontecendo ali...as cores não lhe davam mais tréguas...estavam por todas as partes...invadiram tudo...
A chuva partiu, o céu se abriu e o sol estava novamente ali, mas já estava fraquinho com o cair da tarde...um entardecer bem modesto e brilhante...
Então percebeu que a viagem que deveria ter uma duração de duas horas e meia, já estava em cinco horas...se atentou ao significado do tempo naquele momento...e chegou ao seu destino.
Mais a noitinha, sentada na sala da casa grande, comendo um pedaço de batata doce, debruçada sobre a mesa, olhou pela janela e viu a lua que banhava com seu brilho prateado a represa que ficava bem em frente da casa...pensou que estava só naquele momento de intimidade total com a noite e se virando para a parede, lá estava ela...a tela aquarelada...com aquele rosto finalizado...de um homem iluminado pela luz do luar que entrava pela janela...rosto comprido com olhos grandes e negros que olhavam para ela com a mesma alegria dela...ele podia compartilhar daquele momento especial dela...e ela...
Ela sorriu para aqueles olhos...os mesmos olhos que carrega consigo todos os dias...
*-*

segunda-feira, 24 de março de 2008

O amor é doce e distraído

Quero viver a vida como ela se apresenta, nada que faça muito sentido para que eu mesma poça sentir o que ninguém pode tirar de mim...criar, inventar, imaginar, sonhar...e amar os poetas...mesmo aquele que tenho visto pouco em seus textos...fazem parte do meu "Eu" que está aqui...

Hoje, caminhando para dias mais tranquilos de reflexão e bem-estar, vou aproveitar para pensar em tudo como se fosse só hoje...fazer destes dias boas leituras, apreciar a natureza e verificar a simplicidade das coisas e pessoas...que por onde vou passar com certeza serão mais simples e terão o que me ensinar e eu a aprender...e pensarei em alguém que escreve...bem distraída por aí... ao som dos pássaros a voar...voar...voar...

E neste momento... viajando ao som de Cristina Braga com sua Arpa (em uma apresentação de sólo sensacional), tocando "O que tinha que ser" de Vinícius de Moraes...e ainda... Clarice Lispector me dando uma história, "Por não estarem distraídos", brilhante...mandaram que eu olhasse com atenção as minhas escolhas...e então o fiz mais uma vez aqui...e uma coisa descobri, o amor é doce e distraído...é incondicional...e é o que tem que ser! *-*




Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
Clarice Lispector

domingo, 23 de março de 2008

A suavidade das cordas

Já falei aqui no blog sobre violoncelo, como adoro o som deste instrumento resolvi ilustrar o post de hoje com um vídeo de Julian Lloyd Webber, compositor e produtor musical britânico, oriundo de uma família de músicos, e por muitos considerado um dos compositores teatrais de maior renome do fim do século XX.

Quando o arco desliza simultâneamente com os dedos sobre as cordas... a magia se faz...uma sonoridade perfeita...além da interpretação de Julian que enriquece e da vida palpável a música.


Ele é autor de obras que mantiveram grande êxito na Broadway. Durante a sua carreira, produziu quinze musicais, dois filmes, entre outras obras, tendo acumulado ainda um número de honras e prémios, incluindo sete Tony Awards, três Grammy Awards, um Oscar, um International Emmy, seis Olivier Awards, e um Golden Globe Award. Várias das suas músicas, notavelmente "I Don't Know How to Love Him" de Jesus Christ Superstar, "Don't Cry for Me, Argentina", de Evita, "Memory" de Cats, e "The Music of the Night" de O Fantasma da Ópera tomaram grande amplitude e reconhecimento mundial.


Para quem gosta como eu deste instrumento, vale conferir este video:
concerto de "Bach's Air on the G String", na interpretação de Julian Lloyd Webber.

sábado, 22 de março de 2008

"Caruso"

Tantas pessoas maravilhosas já passaram por esta vida minha... Pessoas especiais e que tornam este meu mundo de blogueira mais significativo ainda... Partiu tão cedo...deixou seu charme, personalidade, sentimentos profundos na interpretação e uma voz...que entra no coração...Pavarotti realizou o meu sonho e compareceu aqui no blog para marcar a presença que me deixa tão feliz...e cantanto "Caruso", meus olhos se encheram de lágrimas e um leve sorriso se fez...*-*

Caruso
Luciano Pavarotti

Qui dove il mare luccica,
e tira forte il vento
sulla vecchia terrazza
davanti al golfo di Surriento
uno uomo abbracia una ragazza
dopo che aveva pianto
poi si schiarisce la voce,
e ricomincia il canto

Te voglio bene assai
Ma tanto tanto bene sai
É una catena ormai
Che scioglie il sangue tinto vene sai...

Vide le luci in mezzo al mare,
penso alle notti là in America
ma erano solo le lampare
e la bianca scia di un'elica
senti il dolore nella musica,
e si alzo dal pianoforte
ma quando vide uscire
la luna da una nuvola,
gli sembro piu dolce anche la morte
guardò negli occhi la ragazza,
quegli occhi verdi come il mare
poi all'improvviso usci una lacrima
e lui credette di affogare

Te voglio bene assai
Ma tanto tanto bene sai
É una catena ormai
Che scioglie il sangue tinto vene sai

Potenza della lirica,
dove ogni dramma è un falso
che con un po' di trucco e con la mimica
puoi diventare un altro
ma due occhi che ti guardano,
cosi vicine e veri
ti fan scordare le parole,...
Confondono i pensieri
cosi diventa tutto piccolo,
anche le notti là in America
ti volti e vedi la tua vita,
dietro la scia di un'elica
ma si, è la vita che finisce,
e non ci penso poi tanto
anzi, si sentiva gia felice,
e ricomincio il suo canto

Te voglio bene assai
Ma tanto tanto bene sai
É una catena ormai
Che scioglie il sangue tinto vene sai


Caruso (tradução)
Luciano Pavarotti

Aqui onde o mar brilha
E sopra forte o vento
Sobre um velho terraço
Em frente ao golfo de surriento
Um homem abraça uma garota
Depois de ter chorado
Depois clareou – se a voz
E recomeça o canto

Te quero muito bem
Mas tanto tanto bem, sabes?
É uma correia
Que já dissolve o sangue
Dentro das veias
Viu as luzes no meio do mar
Pensou nas noites lá na américa
Mas eram só as lâmpadas
E a branca faixa de uma hélice
Escuta a dor da música
Se levantar do piano
Mas quando viu a lua

Sair de uma nuvem
Pareceu – lhe mais doce também a morte

Olhou nos olhos da garota
Aqueles olhos verdes como o mar
Depois, de improviso saiu uma lágrima
E ele acredita de afogar

Te quero muito bem etc...

Potência na lírica
Onde o drama é uma mentira
Que com um pouco de maquiagem
E com a mímica
Pode tornar – se um outro
Mas dois olhos que te olham
Assim juntos e frios
Te fazem esquecer as palavras
Confundem os pensamentos
Assim torna tudo pequeno
Também as noites lá na américa
Mas se é a vida que termina
Mas ele não pensa tanto
Pelo contrário se sentia já feliz
E recomeçou o seu canto
Te quero tanto bem ...

Luciano Pavarotti (Módena, 12 de outubro de 1935 — Módena, 6 de setembro de 2007) foi um cantor (tenor lírico) italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi, dentre outros em seu grande repertório. É reconhecido como o tenor que popularizou mundialmente a ópera.

Pavarotti participou, com os tenores espanhóis José Carreras e Plácido Domingo, dos famosos concertos "Os três tenores", e gravou duetos com Frank Sinatra,Ricky Martin, Laura Pausini, Spice Girls, Bryan Adams, Andrea Bocelli, Mariah Carey, Queen, Céline Dion, Eros Ramazzotti, Jon Bon Jovi, The Corrs, U2 e Roberto Carlos, entre outros, especialmente para causas beneficentes, nas quais se envolveu bastante. É considerado um dos mais importantes tenores de todos os tempos. Cantou nos mais importantes teatros mundiais, como o Teatro alla Scala (Milão), a Royal Opera House (Covent Garden, Londres), o Metropolitan Opera House (Nova Iorque), dentre outros.
Pavarotti tem duas entradas no livro Guinness World Records: o maior número de chamadas ao palco — 165 — e o álbum de música clássica mais vendido de sempre (In Concert de Os Três Tenores partilhado com os colegas Plácido Domingo e José Carreras).
Em 2003 publica a sua última compilação, Ti Adoro.
Pavarotti casou-se 2 vezes e tem 4 filhas: do primeiro casamento, com Adua, que durou 34 anos, teve Lorenza, Christina e Giuliana. Depois casou-se com Nicoletta Mantovani(1969), com quem ficou até sua morte. Ela teve gêmeos(Alice e Riccardo(2003)), mas, devido às complicações no parto, apenas a menina sobreviveu.
Iniciou a sua turnê de despedida em 2004, aos 69 anos, após quatro décadas de palco.
Pavarotti actuou pela última vez na New York Metropolitan Opera em 13 de Março de 2004 recebendo uma ovação de 11 minutos pelo papel do pintor Mario Cavaradossi na Tosca de Giacomo Puccini. Em 1 de Dezembro de 2004 anuncia a turnê final em 40 cidades, produzida por Harvey Goldsmith.
Em 10 de Fevereiro de 2006, Pavarotti canta "Nessun Dorma" na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim.

Morte
Desde 2006 submetera-se a tratamento devido a um tumor no pâncreas, tendo sido operado em julho de 2006, momento em que deixou de fazer aparições públicas. O seu estado de saúde agravou-se no Verão de 2007. Luciano Pavarotti esteve internado num hospital durante mais de duas semanas para tratamentos e diagnósticos, tendo regressado a casa em final de Agosto. O seu estado de saúde piorou significativamente em 5 de Setembro. Pavarotti morreu em sua casa na madrugada de 6 de Setembro de 2007, aos 71 anos de idade. A morte foi anunciada pelo empresário do cantor, Terri Robson.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Os Outros...

Fiquei curiosa com essa tal telepatia...
...acontecem sensações, pensamentos e sentimentos que entram na gente quando menos esperamos...talvez devaneios....rs....sei lá, é intrigante...eu pergunto como é possível?
Então, resolvi ler sobre o assunto para tentar matar a curiosidade...não que eu tenha chegado a lugar algum, mas o assunto é interessante, valem mais pesquisas.
Hoje o post é da telepatia...quem tiver curiosidades como eu, na Wikipédia tem bastante informações interessantes.

Telepatia


Telepatia é definida na parapsicologia como a habilidade de adquirir informação a cerca dos pensamentos, sentimentos ou atividades de outra pessoa , sem o uso de ferramentas tais como a linguagem corporal ou sinais. O termo foi usado pela primeira vez em 1882 por Fredric W. H. Myers, fundador da Society for Psychical Research (Sociedade para Pesquisa Psíquica),transferência de pensamento. A Telepatia é considerada uma forma de percepção extra-sensorial ou anomalia cognitiva, a telepatia é freqüentemente relacionada a vários fenômenos paranormais tais como premonição, clarividência, empatia e psicocinese.

Embora muitos experimentos científicos sobre a telepatia tenham sido realizados, incluindo aqueles feitos recentemente por universidades respeitáveis nos Estados Unidos da Américapsiônicos, as evidências existentes ainda não tem o peso (valor) suficiente para que seja aceita a existência do fenômeno, até que seja possível comprovação científica a respeito do mecanismo do fenômeno, (alguns com resultados positivos). A existência da telepatia não é aceita pela maioria dos cientistas, mesmo com todas pesquisas e estudos relativos aos assuntos. Wikipédia

quarta-feira, 19 de março de 2008

Por__que?

Porque?
Amo tanto a vida, as pessoas e as coisas que nem mesmo cabe em mim...
O amor ultimamente está fora de moda...o respeito então!

Tudo bem, não vou me adaptar...não quero me adaptar...só quero estar fora de moda mesmo!
*-*

E ao negro da noite...encontro este poeta, Augusto dos Anjos, que me da a graça e o sorriso de esperança...

Ao Luar

Quando, à noite, o Infinito se levanta
A luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha tactil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!

Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!

Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado,
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado...

Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!

Augusto dos Anjos

domingo, 16 de março de 2008

Basta um sorriso...

Apesar de ter vivido dias difíceis, por falta de entendimento e compreensão principalmente de minha parte...encontrei o sorriso na sexta passada...fazia uns dias que não o via assim...quando ouço este sorriso minha alma se ilumina e ninguém pode tirar isso de mim...e no final do dia, no corredor... não só ouvi como pude ver de frente aquele sorriso que acabou me alegrando por todo o final de semana...ele vinha em minha mente todo o tempo...e mais uma vez o poeta se fez aqui...

E quando encontrei Camões ele confirmou meu sentimento...e eu sorri também...


Glosa a mote alheio

"Vejo-a na alma pintada,
Quando me pede o desejo
O natural que não vejo."

Se só no ver puramente
Me transformei no que vi,
De vista tão excelente
Mal poderei ser ausente,
Enquanto o não for de mi.
Porque a alma namorada
A traz tão bem debuxada
E a memória tanto voa,
Que, se a não vejo em pessoa,
"Vejo-a na alma pintada."

O desejo, que se estende
Ao que menos se concede,
Sobre vós pede e pretende,
Como o doente que pede
O que mais se lhe defende.
Eu, que em ausência vos vejo,
Tenho piedade e pejo
De me ver tão pobre estar,
Que então não tenho que dar,
"Quando me pede o desejo."

Como àquele que cegou
É cousa vista e notória,
Que a Natureza ordenou
Que se lhe dobre em memória
O que em vista lhe faltou,
Assim a mim, que não rejo
Os olhos ao que desejo,
Na memória e na firmeza
Me concede a Natureza
"O natural que não vejo."

Luís de Camões

sábado, 15 de março de 2008

O Menino e a Estrela...

Escrevi este texto em novembro de 2007.
Como eu estava aqui relendo alguns posts, achei que hoje este texto faz sentido com o meu contexto atual aqui no blog...e resolvi postá-lo novamente...com um diferencial...hoje eu sei quem é o menino! *-*


...Era um dia de sol, céu azul...
O mar estava agitado...uma onda gigante cuspiu para a areia, uma estrela do mar, que acabou presa na areia da praia...
Quando a estrela percebeu, não tinha mais como voltar para o imenso mar...e ali ficou...passaram-se vários dias e ela não tinha como alcançar o mar...
A estrela estava por um fio, o que a mantinha viva eram as chuvas que caiam de vez em quando...ela aproveitava cada gota e se enchia de esperanças...
O dia amanheceu...era um dia diferente...alguém caminhava pela areia...era um jovem cheio de esperanças e o mundo para conquistar, como aquela estrelinha que estava por um fio...ele caminhava feliz da vida, todos os seus sonhos estavam depositados ali naquele céu azul que refletia no mar e abraçava a areia branca...ele caminhava pensativo, olhando para o céu...distraído...quase pisou na estrela...parou...e reparou que havia algo ali....a areia cobria a estrela quase por inteiro...ele abaixou e retirou a pobrezinha que estava preza por muitos dias...limpou a areia que estava sobre ela e continuou andando...ele reparou que a estrela estava muito seca...olhou novamente com mais atenção e por um momento...ele ficou agoniado de tê-la em suas mãos e resolveu jogá-la ao mar...a estrela teve medo...achou que era o seu fim...girou, girou e girou até cair no mar...adormeceu...
Quando acordou, estava cheia de vida, radiante naquele imenso mar...estava tão viva como a tempos não sentia....girou e nadou muito rápido para dentro do oceano, tinha muito para conquistar....pensou no rapaz que salvou sua vida...e desejou que ele fosse salvo também...

E Dalva de Oliveira cantou "Estrela do mar", vale ouvir é muito lindinha a melodia...doce como esta história...uma história de amor pela vida e por quem nela está...

sexta-feira, 14 de março de 2008

O som da vida...

Dos instrumentos de corda, o que mais me atrai é o som do Cello.
Quando tinha 13 anos, completamente fã deste instrumento, me inscrevi no teste para entrar na escola Municipal de Música, onde você poderia escolher tb um segundo instrumento caso não entrasse na primeira opção. Como eu adorava o violoncelo, a segunda opção ficou para o violino.
O teste foi no teatro Cultura, completamente lotado, percebi que não iria rolar uma aprovação no meio de tanta gente, mas não desisti e enfrentei aquele desafio...lógico, não passei...com mais de 200 pessoas inscritas, só faram selecionadas 30..
Bom, não fiquei triste, eu era uma garotinha sonhadora (não sou mais uma garotinha, mesmo assim continuo muito sonhadora) e como não deu para viver este mundo clássico, caí de cabeça no roque e acabei montando um conjunto, que no mundo dos Beatles fez o maior sucesso, não por tocarmos tão bem não, éramos mais ou menos... masssss... mulheres, adolescentes e carismáticas tirando o mercado dos meninos que copiavam os beatles... todos queriam ver as "Fields".
Wikipédia

O post de hoje é para o meu instrumento preferido, antes da guitarra...claro!...*-*

Violoncelo

O violoncelo, é um instrumento da família dos instrumentos de corda. Possui quatro cordas e se diferencia dos outros instrumentos pelo tamanho grande, fazendo com que tenha que se apoiar ao chão por meio do espigão, uma haste de metal em sua extremidade.

A primeira citação sobre o violoncelo foi numa coleção de sonatas italianas anônimas, datada de 1665. Seu antecendente é a viola da gamba, ou viola-de-perna. Tornou-se popular como instrumento solista nos séculos XVII e XVIII.

A característica padrão do instrumento foi estabelecida por Stradivarius, em 1680. A partir dos Concertos Espirituais de Boccherini, o violoncelo passou a ser tratado como solista, e não somente como um instrumento para compor o naipe de cordas.

Para tocá-lo, o músico deve estar sentado, com o instrumento entre os joelhos. As quatro cordas são afinadas em Dó, Sol, Ré e Lá, como na viola, mas uma oitava mais grave. As composições para violoncelo são escritas fundamentalmente na clave de Fá na quarta linha. O alcance do violoncelo é de duas oitavas abaixo do dó médio(Dó1).

Sua sonoridade é considerada bastante expressiva, sendo conhecido como o "rei" dos instrumentos de cordas. Entretanto, seu uso está mais presente na música erudita. As grandes orquestras utilizam entre oito e doze instrumentistas de violoncelo no naipe.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Para refletir...

Quando o silêncio toma conta, cada um fica com a sua própria verdade, visão...e provavelmente errada...porque ninguém pode saber o que o outro sente... sem se falar...
A imaginação só é benéfica se for usada para criar, melhorar, aperfeiçoar, evoluir...nunca para destruir, pois se assim for, então não é imaginação, é delírio...
Quando existe amor não existe delírio e eu acredito no amor...no amor que vem do coração...sincero...verdadeiro...
Tem gente que não entende isso e faz mal juízo do outro...
Até quando mudamos de lugar por uma necessidade de espaço, somos julgados...porque o silêncio mais uma vez se estabelece...e ninguém sabe o porque do outro...e mais uma vez se faz o julgamento...errado!
Julgar o outro é fácil...o outro...nem queremos saber o que acontece com o outro...pouco importa o outro...afinal já foi julgado sem direito a nada...
É assim que vejo o mundo de hoje...infelizmente!
É por isso que tem gente se odiando por todos os lados...
É assim que nasce a pobreza de espírito em todos nós...
É por isso que me calo na maior parte do tempo...
É importante o cuidado para não deduzir, não ficar no achismo das coisas sem fundamentá-las...
Que moral temos quando julgamos o outro?...
Aí penso no poeta...aquele que escreve...se ele soubesse o quanto é importante...tenho certeza que escreveria a história mais linda de amor que já foi escrita...
Mas....meu querido amigo Vinícius de Moraes veio me contar o que sente...e eu...eu parei, olhei, escutei e apreciei com todo o meu coração...


Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Vinicius de Moraes / Paulo Mendes Campos

terça-feira, 11 de março de 2008

"Dia_mante"

Sentimentos são tão profundos...
Fico feita pedra bruta para um diamante que se coloca bem na minha frente...em silêncio...me faço polída de amor que só eu sei...

E com Villa Lobos, procuro não entender mais os dias que virão...e sim os que estou vivendo agora...vou correndo entre as estrelas com esperança de sentir a lua que se faz tão perto e tão longe de mim...e vou flutuar...e voar...no ar, no ar.

Trenzinho Caipira
Heitor Villa Lobos

Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar
Cantando pela serra o luar
Correndo entre as estrelas a voar
No ar, no ar...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sonhar, no mundo da Lua...

Como encanto, do encanto que estou...do sonho quase terminado, mas a ele retornei...como o ar que respiro...pelos toques no teclado do poeta...não há nada melhor que sonhar.
Com o canto suave e terno de Dalva de Oliveira na interpretação de Danilu, falando das estrelas e do grão de areia, que imaginavam coisas de amor...pude ver o rosto do poeta como sempre vi nos meus sonhos...
Estava entrando no mundo real e deixando o sonho de lado...mas retomei minha inspiração com aqueles olhos que penetram minha alma...
Mesmo quando me olha com certo desprezo...tem paixão em sua alma...talvez ele nem se de conta disso...mas não importa...
O sonho pode até tornar-se realidade, mas sempre deve ser com a suavidade do lado mais puro e terno das estrelas que se encontram no céu e no mar...

Com o seu encanto...sua beleza de menino... ele me trouxe alegria nos meus dias...assim o será... enquanto ele for a minha estrela e grão de areia e eu a própria constelação...e sorrindo voltei ao mundo fantástico que encontrei aqui... rolando pela noite adentro, como a lua que sou e alma gêmea das estrelas....o seu sorriso, aquele sorriso... foi a minha última visão desta noite tão terna...
*-*

Estrela do mar
Dalva de Oliveira

Um Pequenino Grão De Areia
Que Era Um Pobre Sonhador
Olhando o Céu Viu Uma Estrela
E Imaginou Coisas De Amor

Passaram Anos, Muitos Anos
Ela no Céu e Ele no Mar
Dizem Que Nunca o Pobrezinho
Pode Com Ela Se Encontrar

Se Houve Ou Se Não Houve
Alguma Coisa Entre Eles Dois
Ninguém Soube Até Hoje Explicar
O Que Há De Verdade
É Que Depois, Muito Depois
Apareceu a Estrela Do Mar

domingo, 9 de março de 2008

Mais um de Cora...

Tive um dia tão terno e tão amigo...
Aliás, encontrei vários amigos hoje...
Ter pessoas que amamos por perto é sempre bem vindo...é sempre uma felicidade...
E a felicidade, hoje se fez aqui com Cora Coralina, minha poetiza do coração...

POEMINHA AMOROSO
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo..."
Cora Coralina


sábado, 8 de março de 2008

"Delírio"

Andei delirando...mas estou me recompondo...me sinto tão frágil como a tempos não me sentia...e quando estamos neste estado, é melhor se calar...
A concentração voltou, mas a melâncolia ainda passeia por aqui...a coisa boa disso, é que assumi a minha tristeza...e agora, quem sabe, assumida ela sai de banda...
E o meu sorriso volte...

Saudades de boas leituras...
...saudades de alguém que escreve...saudades do poeta...

E Marisa acompanhou este final de sexta-feira....

PRA SER SINCERO
Marisa Monte

Eu era tão feliz
E não sabia, amor
Fiz tudo que eu quis
Confesso a minha dor...

E era tão real
Que eu só fazia fantasia
E não fazia mal...

E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...

E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...

O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...

As coisas são assim
E se será, será
Prá ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...

Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...

E agora é tanto amor
Me abrace como foi
Te adoro e você vem comigo
Aonde quer que eu vôe...

E o que passou, calou
E o que virá, dirá
E só ao seu lado
Seu telhado
Me faz feliz de novo...

O tempo vai passar
E tudo vai entrar
No jeito certo
De nós dois...

As coisas são assim
E se será, será
Prá ser sincero
Meu remédio é
Te amar, te amar...

Não pense, por favor
Que eu não sei dizer
Que é amor tudo
O que eu sinto
Longe de você...

sexta-feira, 7 de março de 2008

A ordem é inovar...

A ordem é inovar sempre...nada como um dia melancólico para enxergar novos horizontes...e lógico...encher os pulmões de ar.

Mas é preciso inovar...inovar sempre...trazer alegria para a alma, a melancolia só faz sentido se der acesso a alegria, caso contrário, não serve pra nada.

Então, mãos a obra, arregaçar as mangas e começar pelos detalhes que vão fazer a diferença...
Sair da rotina para se querer bem...para ficar bem
Tudo o que acontece na vida é para dar um impulso adiante...
Um trampolim para uma nova fase...
Amar, é sempre estar renovando...
O sorriso vira a bandeira do nosso dia...
E aprimorando as cores dos meus dias, compreendi, entendi e respeitei os fatos.
Mais que um sonho, estou falando da vida real.

E a caminho de casa, Guilherme Arantes me deu inspiração...


Brincar de Viver
Guilherme Arantes

Quem me chamou
Quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar
Pra retorna e enfrentar o dia a dia
Reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim
E que a história não tem fim
Continua sempre
Que você responde sim
À sua imaginação
À arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não...
Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver
Não esquecer
Ninguém é o centro do universo
Assim é maior o prazer
Você verá que é mesmo assim
E que a história não tem fim
Continua sempre
Que você responde sim
À sua imaginação
À arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não...
E eu desejo amar
Todos que eu cruzar pelo meu caminho
Como sou feliz, quero
Ver feliz quem andar comigo
Vem...
Você verá que é mesmo assim
E Que a história não tem fim
Continua sempre
Que você responde sim
À sua imaginação
À arte de sorrir
Cada vez que o mundo diz não...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Estar absorto

Alerta!
Algo está fora de controle...chamando torre...câmbio...
Assim fiquei...com aquele olhar que penetrou a minha alma...
Desconcentrada...
E com esse tom distraído e disperso...
Estou aqui verificando como retomar a concentração.
Aconteceu algo que me fez entender.
Eu procurei isso...
Mas não tinha a intenção, porque me apaixonei...
Por alguém que admiro...
Por alguém que sorriu de passagem...
*-*


Um Gosto de Sol
Milton Nascimento

Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
E esqueci sobre a mesa
Como uma pêra se esquece
Dormindo numa fruteira
Como adormece o rio
Sonhando na carne da pêra
O sol na sombra se esquece
Dormindo numa cadeira

Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
E esqueci entre os dentes
Como uma pêra se esquece
Sonhando numa fruteira

quarta-feira, 5 de março de 2008

Um olhar diferente...

Um dia desses, estava eu comprando um presente para um amigo, em uma dessas livrarias gigantes da Siciliano, aquelas que você vai…entra e não sai mais…vira um problema...você não sabe o que levar...
Foi por uma boa causa a minha ficada lá...
Olhei alguns CDs, depois fui para os DVDs, aí fui ver revistas e mais adiante me peguei nos livros...
Bom, até aí tudo igual…massss…sem que eu percebesse, estava na seção de livros infantis, sentada em uma cadeirinha de criança, olhando e lendo alguns livros que peguei na prateleira e coloquei sobre uma mesinha…
Passei um bom tempo ali…até o vendedor sentou do meu lado e ficou falando sobre os livros, falava, falava, empolgado, falava…me contou até algumas histórias…depois se foi.
Achei graça…
Continuei entretida com os livros...
De repente...uma mão pequenina se apoiou no meu ombro…
Virei…olhei…era uma garotinha de uns 6 aninhos, usando óculos escuros, cabelos presos, um vestidinho azul, com cheirinho de talco…muito bom o cheirinho de talco…sorrindo…
Do nada, perguntou o que eu estava fazendo ali…
Pensei…depois olhei bem para ela e respondi que estava lendo histórias de criança…
Ela sorriu novamente e perguntou porque?
E eu disse… adoro…é isso…adoro…!
Então ela sorriu novamente e pediu para que eu contasse uma história para ela…
Escolhemos a história da família de ursos…
Ela não podia ver…mas prestava atenção como eu nunca tinha visto antes…
Conforme eu ia contando a história, via suas expressões...sorria, ficava séria...franzia a testa... e aquilo bateu lá dentro de mim…aquele rostinho que até o momento era desconhecido…virou tão familiar…estava me sentindo em casa…
Ao terminar a história, seu pai se aproximou chamando a garotinha para irem embora…só aí, perguntei para ela qual era o seu nome…?
Marta, disse feliz da vida…
Quando fui dizer o meu nome, aquelas mãozinhas se puseram no meu rosto…fazendo reconhecimento… as pontinhas dos dedos foram deslizando pelos olhos, nariz e boca…então me disse:
—Você é a moça que conta histórias…
E eu fiquei sem ação…não conseguindo falar, algumas lágrimas caíram no meu rosto, dei um beijo em sua bochecha e vi ela partindo…sorrindo e brincando…pensei…fiquei olhando…vendo ela já longe…
Isso me deu uma idéia…
Deste dia para cá, algo mudou dentro de mim…e só hoje estou me dando conta…e com um leve sorriso nos lábios…lembrei do seu sorriso…*-*

terça-feira, 4 de março de 2008

NOSTALGIA

Nostalgia descreve uma sensação de saudades de um tempo vivido, frequentemente idealizado e irreal.
O termo foi originalmente cunhado por Johannes Hofer, um estudante de medicina em 1678, ao se referenciar a “uma doença dolorida que uma pessoa sente porque deseja retornar para sua casa, sentindo medo de não ver/ter aquilo outra vez”. Wikipédia

Quando fico chateada, mergulho na nostalgia…talvez para aliviar o aborrecimento, ou simplesmente viver algo que me deixe mais feliz…
Estou dispertando para algo novo, algo que ainda desconheço e quando me pego nas lembranças, vejo o quanto elas são responsáveis por este momento novo…
Desde cedo, a responsabilidade me rodeia e eu a ela…tem vezes que me consome…
Sinto saudades…de quando tocava violão por tocar…de ficar horas ouvindo a mesma música para tirar o vocal ou a melodia…de ir ao cinema e tomar cerveja quase todos os dias…de jogar conversa fora com alguns velhos amigos…de ouvir o som do meio dia no Masp…
Mas a saudade hoje vem…amanhã eu esqueço…depois vou lembrar que ela existe…e vou esquecer de novo…e assim vou levando até o dispertar de algo que ainda está por vir…sempre…e sempre…
No caminho de casa, Gal Costa, se animou cantando “Jovens Tardes de Domingo”, alimentando o que comecei a sentir no final da tarde…


Jovens Tardes de Domingo
Gal Costa

Eu me lembro com saudade o
tempo que passou
O tempo passa tão depressa,
mas em mim deixou
Jovens tardes de domingo,
tantas alegrias
Velhos tempos,
belos dias
Canções usavam formas
simples pra falar de amor
Carrões e gente numa festa de
sorriso e cor
Jovens tardes de domingo,
tantas alegrias
Velhos tempos,
belos dias
Hoje os meus domingos são
doces recordações
Daquelas tardes de guitarras,
sonhos e emoções
O que foi felicidade me
mata agora de saudade
Velhos tempos,
belos dias
Solo sobre mesma harmonia
Hoje os meus domingos
doces recordações
Daquelas tardes de guitarras,
sonhos e emoções
O que foi felicidade me
mata agora de saudade
Velhos tempos,
belos dias
Velhos tempos,
belos dias
Jovens tardes de

segunda-feira, 3 de março de 2008

IMAGINE...

Imagine um dia bonito…
Aquele que você já acorda de bem com a vida…
Você sorri e nem sabe porque…
Sonhou um sonho perfeito, onde nada pode dar errado…
Onde a sua certeza é a felicidade do outro…
Então nada pode dar errado…
Chega a noite e tudo continua perfeito…
E você entende…
E compreende…
É especial…alguém como você!

Sorrindo…cantando…e meio sonhando…Damien Rice, que encara a música como uma excelente maneira de não apenas expressar, mas também de tentar compreender toda sua melancolia...apareceu na noite e começou a cantar “Creep” e apesar de grande parte de suas canções serem tristes, inclusive esta...ele me fez feliz...e ganhou o post aqui. *-*


Damien Rice é assim: confuso, melancólico, mulambento (usa camisetas velhas e calças rasgadas nos shows), tímido, complicado, jovial, experiente – para muitos, um gênio.

A característica mais forte do Damien: ele odeia o sucesso. De acordo com as suas próprias palavras, "o dinheiro só me faz me sentir fora de equilíbrio com meus amigos, então não quero mais dinheiro. A mesma coisa com a fama. Não quero ser famoso. Não sou uma celebridade.”.

Ficou famoso com a música "The Blower's Daughter" que tocou no filme Closer. Wikipédia


Creep
Damien Rice

When you're here before
Couldn't look you in the eye
You're just like an angel
Your skin makes me cry
You float like a feather
Beautiful world
I wish I was special
So very special

I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing ere?
I don't belong here

I don't care if you're lost (?)
I wanna have control
Wanna perfect body
Wanna perfect soul
Want you to know this
I'm not around
So very special
I wish I was special

I'm a creep
I'm a weirdo
What the hell am I doing here?
I don't belong here

(ad lib)

Whatever makes you happy
Whatever you want
So very special
I wish I was special

I'm a creep
I'm a weeirdo
What the hell am I don't here?
I don't belong here
I don't belong here

Creep (tradução)
Damien Rice

Quando você esteve aqui antes,
Nem pude te olhar nos olhos.
Você é como um anjo,
Sua pele me faz chorar.
Você flutua como uma pluma,
Num mundo maravilhoso
Eu queria ser especial,
Você é muito especial.

Mas eu sou um verme, um homem estranho
Inferno, o que eu estou fazendo aqui?
Eu não pertenço a este lugar.

Eu não me preocupo se isso machuca,
Eu quero ter o controle.
Eu quero um corpo perfeito.
Eu quero uma alma perfeita.
Eu quero que você perceba
Quando eu não estiver por perto.
Você é muito especial,
Eu queria ser especial.

Mas eu sou um verme, um homem estranho
Inferno, o que eu estou fazendo aqui?
Eu não pertenço a este lugar.

Ela está fugindo,
Ela está fugindo,
Ela foge, foge, foge, foge, foge.

Qualquer um pode fazer você feliz.
Qualquer um que você quiser.
Você é muito especial,
Eu queria ser especial.

Mas eu sou um verme, um homem estranho
Inferno, o que eu estou fazendo aqui?
Eu não pertenço a este lugar.
Eu não pertenço a este lugar.

domingo, 2 de março de 2008

Encantadora de palavras

Aninha, é uma querida amiga...escreve muito bem, tive o prazer de trabalhar com ela tempos atrás...hoje... ela mora em meio a natureza com cheiro de árvores...
...doce e delicada que ela só...me mandou este recadinho que ganhou um post aqui...foi uma delícia degustar!


Sofismando:
O mar é feito de água e sal.
Logo, o mar é um biscoito.
Anamaria do Val

É bom de mais!

Sábado…
…chove e não molha…aí abre o céu em alguns lugares da cidade…aí chove de novo…e o calor se faz…e o sol aparece…e a chuva cai de novo…
…isso me lembrou alguém…e com esse movimento todo do dia, vi o seu sorriso várias vezes…aqui…pensando…felicidade estampada no seu rosto…coisas dando certo…a vida crescendo em novos desafios…em algum momento, Marina apareceu cantando “Pessoa”…aí a chuva caiu…o sol apareceu…e o céu abriu!


Pessoa
Marina Lima

Olhar você e não saber
Que você é a pessoa mais linda do mundo
Eu queria alguém lá no fundo do coração
Ganhar você e não querer
É porque eu quero que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar

O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora entra, vai e volta sem sair, oh
Oh, não ! Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir

Olhar você e não saber
Que você é a pessoa mais linda do mundo
Eu queria alguém lá no fundo do coração
Ganhar você e não querer
É porque eu quero que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
Ou eu já cansei... (refrão)

O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora entra, vai e volta sem sair, oh
Oh, não ! Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir

Mas dói demais sentir...
Mas dói demais sentir...

sábado, 1 de março de 2008

A certeza que não tenho mais…

Um dia, caminhando na rua com meu pai, eu tinha uns 9 anos, bem perto de casa, olhei para ele com aquele olhar inocente e disse:
—Porque o senhor está tão triste hoje?
Ele, com aquele sorriso que não enganava ninguém, muito menos uma garotinha sabida como eu era, falou:
— Nada não filhota, quando você crescer vai ver como os adultos são bobos, alguns problemas tomam conta e a gente fica assim... com essa cara.
Eu não me contentando, peguei firme na sua mão e falei:
— Pois quando eu ficar grande, nada vai me tirar o sorriso do rosto, não vou dar bola para os problemas, vou só pensar coisas boas e não quero ficar triste assim…
Ele me olhou, sorriu, e continuamos caminhando…
Lembro bem dos sentimentos daquele momento que falei com ele, era aquilo mesmo, eu tinha uma certeza que hoje não tenho mais…virei adulta…talvez, mais rápido do que deveria…sei lá...
Hoje, me pego tendo atitudes que contrariam minhas verdades que são muito levadas a sério. Nem sempre foi assim, porque agora é? Porque não me dispeço com um simples tchau…como faço com todas as pessoas? Porque antes eu não via e agora vejo todo o tempo? Porque fiz com que as coisa fossem assim? Porque assumo tudo o que cai na minha mão, menos isso? Porque aquela garotinha que morava dentro de mim me deixou como tantas outras coisas que se foram??? Porque…?Porque….? Porque…?
Sabe quando você não sabe o porque?
E na calada da noite, depois de uma saideira com amigos…encontrei “Hilda Hilst”, uma poeta apaixonada, poderosa com suas palavras escritas colocadas uma a uma, interpretando seus sentimentos mais profundos…os meus também…E ela se fez aqui!


“De montanhas e barcas nada sei.
Mas sei a trajetória de uma altura
E certa fundura de águas
E há de me levar a ti uma das duas.
De ares e asas não percebo nada.
Mas atravesso abismos e um vazio de avessos
Para tocar a luz do teu começo.
Das pedras só conheço as ágatas.
Mas arranco do xisto as esmeraldas
Se me disseres que é verde a dádiva
Que responde as perguntas da Ilusão.
E posso me ferir no gelo das espadas
Se me quiseres banhada de vermelho”.
HILDA HILST