"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

quinta-feira, 13 de março de 2008

Para refletir...

Quando o silêncio toma conta, cada um fica com a sua própria verdade, visão...e provavelmente errada...porque ninguém pode saber o que o outro sente... sem se falar...
A imaginação só é benéfica se for usada para criar, melhorar, aperfeiçoar, evoluir...nunca para destruir, pois se assim for, então não é imaginação, é delírio...
Quando existe amor não existe delírio e eu acredito no amor...no amor que vem do coração...sincero...verdadeiro...
Tem gente que não entende isso e faz mal juízo do outro...
Até quando mudamos de lugar por uma necessidade de espaço, somos julgados...porque o silêncio mais uma vez se estabelece...e ninguém sabe o porque do outro...e mais uma vez se faz o julgamento...errado!
Julgar o outro é fácil...o outro...nem queremos saber o que acontece com o outro...pouco importa o outro...afinal já foi julgado sem direito a nada...
É assim que vejo o mundo de hoje...infelizmente!
É por isso que tem gente se odiando por todos os lados...
É assim que nasce a pobreza de espírito em todos nós...
É por isso que me calo na maior parte do tempo...
É importante o cuidado para não deduzir, não ficar no achismo das coisas sem fundamentá-las...
Que moral temos quando julgamos o outro?...
Aí penso no poeta...aquele que escreve...se ele soubesse o quanto é importante...tenho certeza que escreveria a história mais linda de amor que já foi escrita...
Mas....meu querido amigo Vinícius de Moraes veio me contar o que sente...e eu...eu parei, olhei, escutei e apreciei com todo o meu coração...


Soneto a quatro-mãos

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Vinicius de Moraes / Paulo Mendes Campos

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