"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Mundo tão distante

As vezes a gente acredita tanto em uma coisa, acha que pode mudar o mundo…massss... cai na real...tudo em torno depõe contra…seja sobre um ideal político, por algo que vc deseja para sua vida, ou alguém que você conheceu e fez toda a diferença…
…aí vem a roda viva e carrega toda a sua verdade, seus desejos e você acaba se perdendo em seus sentimentos…
Ouvi Caetano cantando e pensei milhares de coisas…
e no quanto Caetano se transformou com o tempo…e vi um caminho parecido para todos nós...quando o que queremos não depende só da gente e a vida…a vida depõe contra…
Por isso sonho!
Por isso acredito que cada dia é um novo dia…sendo bom ou sendo ruim...é único!
*-*


Debaixo Dos Caracóis Dos Seus Cabelos
Caetano veloso

Um dia a areia branca seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos a água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir pra ver você chegar
E ao sem sentir em casa, sorrindo vai chorar

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

As luzes e o colorido que você vê agora
Nas ruas por onde anda, na casa onde mora
Você olha tudo e nada lhe faz ficar contente
Você só deseja agora voltar pra sua gente

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

Você anda pela tarde e o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito uma saudade e um sonho
Um dia vou ver você chegando num sorriso
Pisando a areia branca que é seu paraíso

Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Pensar longe...

Me chamou atenção no rádio várias vezes… Danni Carlos…(carioca, filha de baianos, começou a compor suas canções aos 16 anos e tocar nos bares do Rio de Janeiro)…toda vez que ouvia ela cantando, eu não sabia se escutava Adriana Calcanhoto ou Marina Lima… acabei descobrindo que não era nem uma e nem outra …gostei de sua interpretação, ela tem um jeito sensual de cantar…

Massss… não chega aos pés de Shakira, que além de cantar bem é conhecida pelos movimentos de dança do ventre, que aprendeu com a sua avó libanesa...ela é a sensualidade em pessoa...consegue fisgar os olhos e fazer o requebrar de homens, mulheres e adolescentes...

...como ouvi tanto uma como outra a caminho de casa, não pude deixar de me contagiar pela sensualidade de suas músicas e...pensar longe...


Coisas Que Eu Sei
Danni Carlos
Composição: Dudu Falcão

Eu quero ficar perto de tudo que acho certo
Até o dia em que eu mudar de opinião
A minha experiência, meu pacto com a ciência
O meu conhecimento é minha distração

Coisas que eu sei
Eu adivinho sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio mostra o tempo errado
Aperte o Play

Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer na minha confusão
É o meu ponto de vista, não aceito turistas
Meu mundo tá fechado pra visitação

Coisas que eu sei
O medo mora perto das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim não vou trocar de roupa
É minha lei

Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais, depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro do que eu desenhei

Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas no meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos que eu não sei usar
Eu já comprei

As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre quando tô a fim

Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia

Coisas que eu sei
As noites ficam claras no raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes eu somente não sabia

Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei
Agora eu sei

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Coisas da vida…a vida e coisas…

Mulher, aparenta uns setenta e poucos anos, quase oitenta, provavelmente tenha menos idade, mas as marcas do tempo e do sofrimento revelam uma senhora…
…deve ser moradora de rua, veste saia longa com um sobretudo preto, duas peças bem surradas…
…ali, parada em frente a um canteiro cheio de flores…em plena Avenida Paulista…um olhar parado…
…de repente, despara a falar, descutir com as plantas, penso eu, que ela não via as plantas e sim, algo que só está dentro de sua mente…
…tira o sapato e mostra para o canteiro seu pé completamente sujo e judiado…reclama…reclama…olha para as plantas novamente, implorando atenção, sorri querendo chorar…é de cortar o coração…

Meus olhos se encheram de lágrimas que começaram a cair…lágrimas de entendimento e compreenção, pena não poder fazer nada ou achar que não posso…
…conheço de perto esta situação, só conseguimos sentir a dor do outro quando vivenciamos algo igual ou semelhante…
…minha mãe, era mais ou menos assim, viveu muito em clinicas de repouso, idas e vindas desde os meus 10 anos…
…lá, conheci todos os tipos de gente, viciados, alcólatras, esquizofrênicos e perturbados…gente bem jovem e também gente bem idosa…
…aprendi muito, é difícil, mais grandioso…o tempo diz isso quando você consegue ultrapassar todas as barreiras do sofrimento do outro e do seu próprio sofrimento…
…mas, o que importa é que aprendi muito…
…aprendi a ser o que sou hoje…sei que se preciso fosse, faria tudo de novo, só para poder tê-la ainda por aqui…linda sempre!
Pena aquela mulher não ter ninguém e ser tão só… *-*


Coisas da Vida
Rita Lee

Quando a lua apareceu ninguém sonhava mais do que eu
Já era tarde, mas a noite é uma criança distraída
Depois que eu envelhecer ninguém precisa mais me dizer
Como é estranho ser humano nessas horas de partida
É o fim da picada, depois da estrada começa uma grande avenida
No fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída
Qual é a moral, qual vai ser o final dessa história
Eu não tenho nada prá dizer, por isso digo
Que eu não tenho muito o que perder, por isso jogo
Eu não tenho hora prá morrer, por isso sonho

Ah, ah, ah, são coisas da vida
Ah, ah, ah, e a gente se olha e não sabe se vai ou se fica, Ah,ah..
Ah, ah, ah, são coisas da vida

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fique à vontade...

Neste final de domingo, fiquei pensando no que eu entendo por fazer valer a pena...familia, trabalho, relacionamentos, amigos...até o domingão entrou na parada...cheguei a discutir a “relação” comigo mesma...não tente entender...sem explicação...nem pra mim nem pra você.
E o guarda-roupas? Tá lá para ser arrumado a mais ou menos 3 anos, é duro a vida...me organizo para quase tudo...menos para o guarda-roupas...
Depois me coloquei a disposição de crônicas e do LimeWire, conclusão: adoro crônicas inteligentes e bem humoradas, canções da Dido, foi a minha eleita para coisas do coração...e o guarda-roupas...este, coitado, vai esperar mais um tempão...
Dido é uma cantora que aprecio muito, é talentosa e muito autêntica no que se propõe. Seu estilo musical é suave e levemente dançante,(um pouco repetitivo em alguns casos), combina elementos de pop acústico e eletrônico.
Gosto muito de suas músicas, as letras são românticas e foge do “clichê” de outras músicas no mesmo estilo.
Já estava na hora de dar um post dela aqui...aí vai...


Florian Cloud de Bounevialle Armstrong (25 de Dezembro de 1971 em Londres, Inglaterra), mais conhecida pelo seu nome artístico Dido, é uma cantora britânica conhecida por canções como "Here With Me", "Thank You" e "White Flag". O nome Dido vem de uma rainha guerreira africana, e por ela não gostar do nome Florian, por ser um nome de homem na Alemanha, optou por usar o nome artístico de Dido.
Entrou na Guildhall School of Music de Londres aos seis anos de idade, e na adolescência já tocava com desenvoltura piano e violino, além de saber trabalhar em estúdio. Depois de viajar com um conjunto de música clássica, ela foi trabalhar como publicitária, enquanto cantava pela noite londrina.
Iniciou a carreira na década de 1990, fazendo participações especiais nos álbuns da banda de dance music Faithless, da qual faz parte seu irmão, o DJ e produtor Rollo Armstrong. Em 1996 o grupo lançou seu primeiro disco, "Reverence", que ultrapassou as cinco milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Ao todo, Dido participou de todos as cinco álbuns de estúdio da banda. O sucesso fez Dido apostar em si mesma, tendo começado a gravar seu próprio material.

No Angel (1999–2001)
Em 1999 Dido lançou o seu primeiro álbum a solo, No Angel, logo após a sua participação na bem-sucedida turnê de Sarah McLachlan, "Lilith Fair". No entanto, o álbum só veio a alcançar notoriedade no final de 2000, quando a canção "Thank You" foi adaptada pelo rapper Eminem em "Stan", que mais tarde veio a se tornar um sucesso em todo o planeta. O "empurrão" dado por Eminem levou as vendas de No Angel a ultrapassar os doze milhões de cópias em 2001, tornando-se no disco mais vendido do planeta nesse ano.

Life for Rent (2003-2004)
Dido lançou seu segundo álbum, Life for Rent, com a participação do irmão e dos produtores Rick Nowels e P*nut, em 2003. O álbum se destacou com a canção "White Flag", que foi número 1 nas paradas européias. O álbum vendeu 9 milhões de cópias, e bateu um recorde vendendo 400 mil cópias no Reino Unido em apenas uma semana.

Live 8 (2005)
Na sequência da sua bem sucedida tour mundial de 2004, Dido foi convidada a participar em três concertos do Live 8 em 2 de Julho de 2005 - actuou em Londres, esteve no Projecto Eden na Cornualha e por fim voou para Paris para cantar a solo e em dueto com o cantor e músico senegalês Youssou N'Dour.

Terceiro álbum
Dido está produzindo seu terceiro álbum, com lançamento previsto para o começo de 2008
Wikipédia

Take My Hand
Dido

Touch my skin, and tell me what you're thinking
Take my hand, and show me where we're going
Lay down next to me,
look into my eyes,
and tell me -- oh tell me what you're seeing

So sit on top of the world, and tell me how you're
feeling
What you feel now is what I feel for you
Take my hand, and if I'm lying to you
I'll always be alone, if I'm lying to you

See my eyes, they carry your reflection
Watch my lips, and hear the words I'm telling you
GIve your trust to me
and look into my heart
and show me -- show me what you're doing

So sit on top of the world, and tell me how you're
feeling
What you feel is what I feel for you
Take my hand, and if I'm lying to you
I'll always be alone, if I'm lying to you

Take your time, if I'm lying to you
I know you'll find that you believe me
You believe me

Feel the sun on your face
and tell me what you're thinking
Catch the snow on your tongue
and show me how it tastes

Take my hand, and if I'm lying to you
I'll always be alone, if I'm lying to you

Take your time, and if I'm lying to you
I know you'll fin

Take My Hand (tradução)
Dido

Toque minha pele e diga-me o que está pensando
Pegue minha mão e mostre-me onde estamos indo
Deite perto de mim
olhe em meus olhos
e diga-me - diga-me o que está vendo

Refrão:
Então sente no topo do mundo
e me diga o que está sentindo
O que você sente agora é o que eu sinto por você
Pegue minha mão, e se eu estiver mentindo pra você
Eu sempre ficarei sozinha, se eu estiver mentindo pra
você

Olhe meus olhos
eles carregam seu reflexo
Observe meus lábios
e escute as palavras que estou te dizendo
Confie em mim
e olhe dentro do meu coração
e mostre-me -- mostre-me o que você está fazendo

Fique à vontade,
se eu estiver mentindo pra você,
Eu sei que você descobrirá que acredita em mim
Você acredita em mim

Sinta o sol em seu rosto
E diga-me o que você está pensando
Pegue a neve com sua língua
e mostre-me qual é o gosto

Pegue minha mão, e se eu estiver mentindo pra você
Eu sempre ficarei sozinha, se eu estiver mentindo pra
você

domingo, 27 de janeiro de 2008

Momento Cultural

Mesmo com um final de semana prolongado, não da tempo de fazer tudo o que queremos, este querer inclui tb o descanso, que sobra pouquinho tempo. Neste aniversário de São Paulo, planejei mil coisas, lógico que eu teria que fazer opções e com tantos eventos culturais, que infelizmente estavam em segundo plano para mim por falta de tempo, consegui fazer alguns deles.
Um dos passeios que pude fazer no sábado foi ir a Pinacoteca, muita gente de todo tipo, até quem não tem nunca esta oportunidade por falta de grana estava lá, acho genial promover estes eventos gratuitos.
Não consegui ver tudo por conta da lotação, a sala da Tarsila do Amaral descia escadaria a fora, sem chance, mas deu para dar uma geral e apreciar algumas boas obras...aliás me deparei com uma obra de arte, que está no centro de uma das paredes, sozinha e me fez lembrar alguém, como eu não tinha visto ao vivo e a cores, fiquei apreciando a pintura...
O legal da Pinacoteca é que além do espaço das obras que já é fantástico, lá vc encontra uma praça enorme cheia de esculturas, muito verde ao redor, é tudo de bom, vale passar o dia lá.
Teve tb o show do Jorge Ben Jor, no Museu do Ipiranga, na sexta-feira, estava completamente lotado e como eu dispenso este tumulto de gente, tenho o som que ouço da janela de casa, não vejo mas ouço que tb é legal.

Viva aos projetos culturais gratuitos, deveria ter sempre...


Pinacoteca do Estado

Eliana Rodrigues/www.saopaulo.sp.gov.br

O prédio ocupado pela Pinacoteca do Estado foi projetado por Ramos de Azevedo em 1897, para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios, instituição que formava técnicos e artesãos para construir as cidades que se enriqueciam com o café. Com paredes de tijolos não revestidos e amplas janelas incorporadas ao referencial urbano, a Pinacoteca passou por uma grande reforma durante o governo Mário Covas, e, hoje, em seus salões restaurados, pátios internos cobertos, telhado recuperado, iluminação específica e adequada, abriga importantes exposições, como as que realizou com as obras de Rodin e de Miró. O museu tem um perfil muito definido da arte brasileira do século XIX até a contemporânea. Seu acervo tem cerca de 4 mil peças, e é significativo, especialmente para São Paulo, uma vez que reúne trabalhos de artistas paulistas, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino e Oscar Pereira da Silva, além de obras representativas de Cândido Portinari, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. O Pavilhão das Artes, localizado no Parque do Ibirapuera, também faz parte da Pinacoteca e abriga exposições de grande importância artística.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Sonoridade Oriental


A cítara é um instrumento musical de várias cordas presas sobre um arco de madeira, com ou sem caixa de ressonância, que se toca com ambas as mãos e tem suas origens na Índia. A lenda diz que o imperador Nero queimou Roma tocando uma cítara. Composta por onze cordas de ressonância e sete que são tocadas, é muito leve, feita geralmente com duas cabaças, uma para o corpo e uma acoplada no braço do instrumento para servir apenas como ressonância. As cordas são feitas de cobre ou bronze e também nylon. É afinada em quintas, entre os tons dó, dó# e ré. Wikipédia

Por Marcus Rampazzo/Beatles for ever


A INFLUÊNCIA DA CÍTARA NA MÚSICA OCIDENTAL E O DIFÍCIL APRENDIZADO

A música pop de meados dos anos 60 foi muito influenciada pela infusão de sonoridade oriental das cítaras - com seu som estridente e permeado de zumbidos - onde se destacavam os Beatles, seguidos posteriormente pelos Rolling Stones e Yardbirds. Com isso os produtores de discos ficaram numa dúvida cruel: por causa da violenta investida do psicodelismo na música pop, havia o desejo de se colocar cítara em seus discos, mas poucos eram os tocadores deste instrumento nos EUA. Por isso, quem quizesse tocar o instrumento tinha que ir à procura de um professor de cítara, os musicos acabavam descobrindo que havia uma espécie de barreira de linguagem que dificultava o aprendizado, pois a nomenclatura ocidental para as notas musicais- do, ré, mi, fá, sol, lá, si- era (e ainda é) diferente do oriental sa, ri, ga, ma, pa, dha, ni- além de não haver um padrão de afinação para cítara indiana.
Os produtores começaram a se tornar cada vez mais exigentes e conforme coisas mais complexas iam sendo escritas para cítara, mas difícil ficava de ler, pois a maioria das músicas para cítara era baseada em improvisações.

Numa linha mais experimental em termos musicais, num clima oriental para reforçar a influência que a primeira viagem para a Índia que os Beatles fizeram, disponibilizamos a sensacional Tomorrow Never Nows, gravada nos 80 pelo The Mission e por Danielle Dax, e que pode ser considerada marco divisório da carreira dos Beatles, transformando os Reis do Ie Ie Ie em místicos adeptos da meditação e músicos dispostos a arriscar mais, colocando nas músicas sons até então exclusivos da música oriental.

Tomorrow Never Knows - Beatles

Turn off your mind, relax and float down stream,
It is not dying, it is not dying
Lay down all thoughts, surrender to the void,
It is shining, it is shining.
Yet you may see the meaning of within
It is being, it is being
Love is all and love is everyone
It is knowing, it is knowing
And ignorance and hate mourn the dead
It is believing, it is believing
But listen to the colour of your dreams
It is not leaving, it is not leaving
So play the game "Existence" to the end
Of the beginning, of the beginning

Amanhã Nunca se Sabe (Tradução)

Desligue sua mente, relaxe e flutue na correnteza
Não está morrendo, não está morrendo
Pare de pensar, renda-se ao vazio
Está brilhando, está brilhando
Você ainda pode ver o significado de "dentro"
É o ser, é o ser
Amor é tudo e amor é todo mundo
Isso é conhecer, isso é conhecer
E a ignorância e o ódio velam a morte
Isso é acreditar, isso é acreditar
Mas ouça as cores dos seus sonhos
Isso é não desistir, isso é não desistir
Então jogue o jogo "Existência" até o final
Do começo, do começo

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Me faz bem!

Bom! As férias do poeta acabaram...mãos a abra...muita leitura pela frente...é assim que comecei está madrugada...com um longo sorriso nos lábios vendo as letras do poeta...parece ingênuo...e é!
É uma delícia poder gostar de algo que nos faz bem, eu tenho sorte de ficar feliz admirando o texto de talentos, pode parecer pouco para alguns, mas para mim é muito...principalmente, depois de dias cansativos como eu tive...e sem muitas palavras, dei um pulinho aqui só para alegrar minha noite...porquê?


Me Faz Bem
Jorge Drexler -Luiza Possi
Para falar, eu canto
Quero que saiba o quanto

Me faz bem
Me faz bem
Me faz bem

É sempre assim, perfeito
Voce de qualquer jeito

Me faz bem
Me faz bem
Me faz bem

Basta ver
O reflexo dos seus olhos
Bem nos meus
Com esse calor que deu para entender

Que o coração não mente
Que afortunadamente

Me faz bem
Me faz bem
Me faz bem

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Eu quero sempre mais

Saudades dos textos que tiraram férias...
Sabe como é... o teatro sem ator não acontece, assim como uma orquestra sem o regente não rola e o papel (mesmo que virtual), é só um papel quando o poeta se cala...até que se prove ao contrário...

Achei que eu fosse me animar vendo um novo texto pela "internet", mas nada aconteceu...hoje foi um dia daqueles... para compensar o dia anterior que foi muito bom... tive que contar de 1 a 10 por várias vezes...respirar fundo e não brigar com ninguém...difícil esse exercício...e o pior é que todo fechamento está virando isso...
vamos fechar pessoal...isso é o que eu tive vontade de gritar...

Bom, o fato é que preciso mudar essa rotina, cadê os passeios a diversão???Cadê???
Ainda vou dar um jeito nisso!


Ira! - Eu Quero Sempre Mais
Edgard Scandurra
A minha vida, eu preciso mudar todo dia
Pra escapar da rotina dos meus desejos por seus
beijos
Dos meus sonhos eu procuro acordar e perseguir meus
sonhos
Mas a realidade que vem depois não é bem aquela que
planejei

Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais de ti

Por isso hoje estou tão triste
Porque querer está tão longe de poder
E quem eu quero está tão longe, longe de mim

Longe de mim
Longe de mim
Longe de mim

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Sem vergonha de ser feliz

Terça pela manhã, Avenida Paulista, farol perto do Masp...
...em meio transito, que não é nenhuma novidade, vejo duas cenas que fisgaram o meu olhar pela oposição dos fatos...
...lá estava o vendedor de balas esperando fechar o farol, com seu chinelinho havaiana, bermudão surrado e moleton vermelho...com um bando de saquinhos de balas na mão...lá estava ele, com um sambinha no pé e um largo sorriso nos lábios em pleno chuvisco intenso...
...e do outro lado da Avenida...um rapaz fazendo um ensaio fotografico com uma modelo linda e formosa...cabelos escovados, um belo vestido, magra de dar inveja, tudo em alto estílo ...chingannnndo...esbravejannnndo...tendo um chilique, dando um verdadeiro "piti", com o coitado do fotógrafo que também revidou no mesmo estílo fino...
...não pude deixar de sentir a pobreza e a riqueza dos fatos...
...enquanto a nobreza do luxo virava lixo...a simplicidade da pobreza virou um luxo só...

E isso me levou para um grande artista que é Gonzaguinha...


O Que é, O Que é?
Gonzaguinha

Eu fico com a pureza das respostas das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar)a beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus!, eu sei, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
mas isso não impede que eu repita
é bonita, é bonita e é bonita
(simbora todos)

Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz
eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
mas isso não impede que eu repita
é bonita, é bonita e é bonita.

E a vida?
e a vida o que é diga lá, meu irmão?
ela é a batida de um coração?
ela é uma doce ilusão?
mas e a vida?
ela é maravilha ou é sofrimento?
ela é alegria ou lamento?
o que é, o que é meu irmão?

Há quem fale que a vida da gente
é um nada no mundo
é uma gota, é um tempo
que finda num segundo,
há quem fale que é um divino
mistério profundo
é o sopro do Criador
numa atitude repleta de amor
você diz que é luta e prazer;
ele diz que a vida é viver;
ela diz que o melhor é morrer,
pois amada não é
e o verbo sofrer.

Eu só sei que confio na moça
e na moça eu ponho a força da fé
somos nós que fazemos a vida
como der ou puder ou quiser

Sempre desejada
por mais que esteja errada
ninguém quer a morte
só saude e sorte

E a pergunta roda
e a cabeça agita
fico com a pureza da resposta das crianças
é a vida, é bonita e é bonita

Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz
eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
mas isso não impede que eu repita
é bonita, é bonita e é bonita.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O VENTO

O caminho é comprido, o dia também...mas o horário até que é bom de voltar...a garoa que não para, milhares de gotículas invadem o vidro do carro, não da vontade de passar o limpador...é bonito de olhar...fiquei observando...várias imagens se formam com o reflexo das luzes...estrelas grandes...estrelas pequeninas...ai começa a tocar no rádio Jota Quest, “O Vento”...o farol quebrou...várias luzes vermelhas se fizeram bem na minha frente...tudo combinou com o momento, a garoa...o vento...o clima quase de inverno...pensei...
Por que as coisas são assim?...Quando a gente menos espera elas acontecem...


O Vento
Jota Quest

Voe por todo mar, e volte aqui...
Voe por todo mar, e volte aqui...
Pro meu peito.

Se você for, vou te esperar
Com pensamento que só fica em você
Aquele dia, um algo mais
Algo que eu não poderia prever.

Você passou perto de mim
Sem que eu pudesse entender
Levou os meus sentidos todos pra você

Mudou a minha vida e mais
Pedi ao vento pra trazer você aqui
Morando nos meus sonhos e na minha memória
Pedi ao vento pra trazer você pra mim

Vento traz você de novo
Vento faz do meu mundo novo
E voe por todo o mar e volte aqui...
E voe por todo mar, e volte aqui...
Pro meu peito.....

Mudou a minha vida e mais
Pedi ao vento pra trazer você aqui
Morando nos meus sonhos e na minha memória
Pedi ao vento pra trazer você pra mim

Vento traz você de novo
Vento faz do meu mundo novo
E voe por todo o mar e volte aqui...
E voe por todo mar, e volte aqui...
Pro meu peito... pro meu peito... pro meu peito...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Palavra Cantada

A mais ou menos dois anos, a dupla Sandra Peres e Paulo Tatit do selo Palavra Cantada, se apresentaram no Sesc Ipiranga, em 10 exibições, com o tema “Que som é esse”, apresentaram de forma teatral, todos os tipos de sons e instrumentos.
Foi uma produção de dar gosto…atores, convidados especiais e toda programação visual de primeira linha...pena que esse tipo de evento acontece poucas vezes.
A proposta da Palavra Cantada é direcionada para as crianças, mas os adultos, como eu, adoram.
Consegui ir em 9 de 10 apresentações, como dava para ir caminhando até o Sesc, foi melhor ainda, pois o teatro e as ruas ficaram completamente tomados…
Quem nunca viu
Sandra Peres e Paulo Tatit do selo Palavra Cantada, não sabe o que está perdendo…são músicos de altíssima qualidade, tanto que estão ganhando um post aqui…rs*
Amo esse mundo encantado das crianças…teatro, músicas, livros, alguns programas de TV…e todo o universo de artistas e autores envolvidos com elas…


A Palavra Cantada

O selo Palavra Cantada foi criado em 1994 por Sandra Peres e Paulo Tatit com o objetivo de produzir uma música infantil moderna que fosse ao mesmo tempo lúdica e poética.

Com seus dez CDs autorais, o selo conquistou um enorme público formado por pais e filhos, e passou a fazer parte do cotidiano de inúmeras escolas do Brasil, graças à qualidade com a qual as canções são produzidas, no âmbito das letras, melodias e arranjos.

A Palavra Cantada tem o orgulho de ajudar com seu trabalho musical a formação da criança do nosso tempo.

O Selo Palavra Cantada existe desde 1994, quando os músicos Sandra Peres e Paulo Tatit propuseram-se a criar canções infantis dentro de um novo padrão de qualidade que julgavam merecer as crianças de nossos dias. Dentro dessa perspectiva, procuraram elevar a música infantil a um patamar superior construindo suas melodias, letras e arranjos com extremo cuidado e minuciosidade.

Para surpresa da dupla, o resultado bastante poético e lúdico acabou por agradar igualmente não só as crianças como os adultos, fossem estes pais ou educadores. Nos shows de grande porte que nos dias de hoje os músicos realizam toda a família se diverte e se emociona. E escolas públicas e particulares de muitos Estados têm adotado os produtos do catálogo da Palavra Cantada em suas atividades cotidianas.

O selo, neste período de doze anos, já ultrapassou a marca de quinhentas mil cópias vendidas, e, ao sucesso de público, soma-se o da crítica que vem destacando em inúmeras matérias elogiosas o trabalho diferenciado da Palavra Cantada na esfera da música infantil. Dos dez lançamentos produzidos até o presente momento, cinco receberam os maiores prêmios dedicados a esse gênero musical, o que os incentivam ainda mais a cumprir a difícil missão de unir sucesso com qualidade.

Sopa
Palavra Cantada

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem espinafre?
Será que tem tomate?
Será que tem feijão?
Será que tem agrião?
É um, é dois, é três...

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem farinha?
Será que tem balinha!?
Será que tem macarrão?
Será que tem caminhão?!
É um, é dois, é três...

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem rabanete?
Será que tem sorvete!?
Será que tem berinjela?
Será que tem panela!?
É um, é dois, é três...

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem mandioca?
Será que tem minhoca!?!
Será que tem jacaré!?!
Será que tem chulé!?!
É um, é dois, é três...

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem alho-poró?
Será que tem sabão em pó?!
Será que tem repolho?
Será que tem piolho!?
É um, é dois, é três...

O que que tem na sopa do neném?
O que que tem na sopa do neném?
Será que tem caqui?
Será que tem javali?!
Será que tem palmito?
Será que tem pirulito!?
É um, é dois, é três...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Só... rindo!

Sábado foi assim...
Apesar de ter ido dormir às 5:30 hrs. da manhã...

De ter acordado meio dia e perdido toda a parte da manhã de um sábado...
Apesar de ter ido para o trabalho às 16:00 hrs. e ficado no escuro, porque acabou a força e só voltou uma hora depois...
E mesmo saindo pelas 10:00 hrs. do trabalho e chegado cansada em casa...
Ainda assim, com tanta chuva que caiu hoje, estou feliz...e encontrei Van Halen para me fazer companhia neste final de sábado... perfeito...só rindo!

Vocalista do Van Halen volta para a banda depois de 20 anos

Plantão | Publicada em 15/08/2007 às 20h16m

Reuters

LOS ANGELES - Depois de mais de 20 anos de brigas acirradas, os principais membros fundadores do Van Halen se abraçaram na segunda-feira durante coletiva de imprensa na qual anunciaram o renascimento de uma das mais importantes bandas de rock americanas.

O bombástico vocalista David Lee Roth, 52 anos, voltou à banda para uma turnê norte-americana com 25 shows que vai começar em 27 de setembro em Charlotte, Carolina do Norte. Estão nos planos apresentações internacionais e um álbum novo.

Roth deixou a banda em 1985 para lançar uma carreira solo decepcionante e passou boa parte dos anos seguintes criticando seus antigos colegas e o vocalista que o substituiu, Sammy Hagar.

Mas, em meio aos aplausos de jornalistas, o tagarela "Diamond Dave" abraçou seu velho antagonista, o guitarrista Eddie Van Halen, no encontro no hotel Four Seasons.

"Meu novo irmão", disse Van Halen, 52 anos, diante de seu irmão de 54 anos, o baterista Alex Van Halen.

A banda é de fato um assunto de família, tanto que o filho de 16 anos de Eddie, Wolfgang, assumiu o lugar de Michael Anthony no baixo, para o desagrado de alguns fãs que torciam pela volta da composição clássica da banda responsável por sucessos como "Runnin' With the Devil", "And the Cradle Will Rock" e "Panama".

"A grande dúvida é se Eddie e Dave vão poder conviver pacificamente", comentou Matt Blackett, da revista Guitar Player. "Pelo bem de seus fãs fiéis, espero que sim, porque foi essa dupla que criou a música mais criativa da banda".

Van Halen - Can't Stop Lovin' You (tradução)
NÃO POSSO PARAR DE AMAR VOCÊ

Há uma hora e lugar pra tudo, pra todo mundo
Nós podemos tentar com toda nossa força, mas nada vai
acontecer
Nada vai mudar
E se eu pedisse para você não tentar
Você poderia fazer isso
Quero abraçar você e dizer
Nós não podemos jogar isso fora
Diga-me que você não vai, você não vai
Você precisa me ouvir dizer

Não consigo parar de amar você
E não importa o que você diga ou faça
Você sabe que meu sentimento é verdadeiro
Eu não consigo parar de amar você

Você pode mudar de amizades, mudar sua vida
Você pode mudar sua cabeça
Nós podemos mudar coisas que falamos
E fazer a qualquer hora
"Oh" Não, mas eu acho que você encontrará
Quando você olhar pro seu coração
Querida, eu estarei lá

Espere!
Eu estou esperando
Querida, venha cá, venha, venha
Eu só quero ouvir você dizer

Não consigo parar de amar você
E não importa o que você diga ou faça
Você sabe que meu sentimento é verdadeiro
Eu não consigo parar de amar você

Oh, eu estou tão envolvido
E tudo que eu consigo lembrar
É como nós tentamos
só para não se render

E quando isso acabar
Eu sei como vai ser
E o amor verdadeiro nunca morrerá
Não, não vai acabar lentamente

Não consigo parar de amar você
E não importa o que você diga ou faça
Você sabe que meu coração é verdadeiro
Eu não consigo parar de amar você

E eu sei o que tenho que fazer
Hey Ray*, o que você disse é verdade
Eu não posso parar de amar você
Eu não posso parar de amar você


* Alusão à música "Can't Stop Lovin' You" do Ray
Charles

sábado, 19 de janeiro de 2008

ACALANTO

Senti saudades e o poeta apareceu...
...é tão tarde, mas não consegui deixar de passar por aqui...pude até ver o poeta mesmo que por um segundo...
Lembrei de algo que aconteceu no início de novembro de 2007, encontrei um retrato que tocou lá dentro do coração...
...se eu conhece-se, não teria nenhuma novidade em ver um retrato...pois bem...o interessante deste acontecido, é que eu não "conheço", exatamente...
...no retrato, aparece um menino tão doce com sua face rosada pela pele branquinha, ele está com a cabeça encostada no ombro de sua avó, com os olhos...ai os olhos... quase fechados e um leve sorriso de uma alegria terna...
...e sua avó, com um sorriso de quem tem bagagem suficiente para lançar ao mundo, todo o afeto que aprendeu com vida...
...ai é que foi intrigante para mim...chorei, talvez pelo afeto, não sei explicar, apenas chorei demais...entendi, que foi um carinho verdadeiro que experimentei, aquele que vem da alma, sem nada pedir em troca e tão pouca gente tem essa chance de sentir...sentir...apenas sentir...
...eu pude ver, não com os olhos, mas com o coração, o afeto de um pelo outro e eu por eles...e isso ficou dentro de mim...

Acalanto

Composição: Dorival Caymmi

É tarde
A manhã já vem
Todos dormem
A noite também
Só eu velo
Por você, meu bem
Dorme anjo
O boi pega Neném
Lá no céu
Deixam de cantar
Os anjinhos
Foram se deitar
Mamãezinha
Precisa descansar
Dorme, anjo
Papai vae lhe ninar
"Boi, boi, boi,
Boi da cara preta
Pega essa menina
Que tem medo de careta"

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Momento...

É tarde e aquela sensação de que a marmota continua está a mil...ainda estou no trabalho e para descontrair um segundo apenas, resolvi entrar no blog...aqui é o espaço que me sinto bem...mesmo se for para jogar um blá, blá, blá...e acabo indo ao mundo encantado da leitura e da pesquisa que me fazem bem. Passei pelo Vagalume e encontrei Caetano...uma música...que me levou a pensar...
Esqueci da marmota e me lembrei de "algo" que me faz feliz...me deu saudades de certos textos que leio para me alegrar a alma...por enquanto, alguns destes textos estão em silêncio...

Menino Deus
Caetano Veloso

Menino Deus, um corpo azul-dourado
Um porto alegre é bem mais que um seguro
Na rota das nossas viagens no escuro
Menino Deus, quando tua luz se acenda
A minha voz comporá tua lenda
E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve
Mas ouve a nossa harmonia
A eletricidade ligada no dia
Em que brilharias por sobre a cidade

Menino Deus, quando a flor do teu sexo
Abrir as pétalas para o universo
E então, por um lapso, se encontrar no anexo
Ligando os breus, dando sentido aos mundos
E aos corações sentimentos profundos de terna alegria no dia
Do menino Deus
Do menino Deus
Do menino Deus
No dia do menino Deus

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Somos quem podemos ser

Terminei o dia aqui, para variar um pouco...
O dia hoje foi bem diferente, muitas coisas aconteceram...
Mas estou aqui...neste mundo da lua e da noite...
E dentro de mim, uma sinfonia de silêncio e de luz, fala mais alto ao coração...assim diz Lulu Santos...e eu confirmo aqui, atestando o meu silêncio...
E neste momento, aquela dose de tristeza indesejada, entra pela porta que eu mesma abri...
Amanhã é um novo dia...o sol vai brilhar e a lua adormecer...
E mais um dia se vai...lembrei...somos quem podemos ser...

Somos Quem Podemos Ser

Engenheiros do Hawaii Composição: Humberto Gessinger

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Quem eram os donos
Da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro, ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum...

A vida imita o vídeo
Garotos inventam
Um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem
Essa prisão
Quem ocupa o trono
Tem culpa
Quem oculta o crime
Também
Quem duvida da vida
Tem culpa
Quem evita a dúvida
Também tem...

Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A Lua e EU

Uma coisa é certa...é bom viver de lua...uma relação entre eu, ela e o sol...
Sentir o sol se aproximando e iluminando a lua, até o luar tomar conta de tudo...
Quando um certo alguém escreve...a (Meia lua se transforma...
A radiografia acima, é de como ela fica em um só dia...pura poesia...

A Lua
Renato Rocha

A lua, quando ela roda
é nova, crescente ou meia lua, é cheia
E quando ela roda minguante e meia,
depois é lua novamente,
Quando ela roda
é nova crescente ou meia lua, é cheia
E quando ela roda minguante e meia,
depois é lua nova
Mente quem diz que a lua é velha
Mente quem diz que a lua é velha,
mente quem diz
À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (± 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"Segredo"

Quem nunca teve um segredo...aquele bem íntimo...que só você sabe... O segredo do bem, aquele que só traz alegria para a alma...O segredo explícito do sentimento mais verdadeiro...tá na cara que é segredo...O segredo que acende a luz do coração e desliga o que está ao redor...E espera em silêncio...este é o segredo!Neste momento rolou Marisa e Erasmo...sabe que tudo que acontece aqui, no momento, merece um post...

Mais um na multidão

Erasmos Carlos, Marisa Monte

Guarde segredo que te quero
E conte só os seus pra mim
Faça de mim o seu brinquedo
Você é meu enredo, vem pra cá
Te quero, te espero
Não vai passar
O amor não falta estar

Você pensa em mim, eu penso em você
Eu tento dormir, você tenta esquecer
Longe do seu ninho, meu andar caminho
Deixo onde passo os meus pés no chão
Sou mais um na multidão

O mar de sol no leito do lar
Que nem um rio pode apagar
O amor é fogo e ferve queimando
Estou ferido agora e sigo te amando
Você pode acreditar

A mesma carta, o mesmo verbo
Em sonho só viver pra ti
Quem tem a chave do mistério
Não teme tanto o medo de amar
Me cego
Te enxergo
Não vai passar
O amor não tarda, está

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O tempo...

Quando um poeta se cala, outras mil palavras estão sendo elaboradas...e pela saudade... fico no aguardo quem sabe...de alguém que escreve e se calou...talvez.. por que não sabe o seu valor...

Mário de Miranda Quintana
foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Nasceu em Alegrete na noite de 30 de julho de 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 5 de maio de 1994. É considerado um dos maiores poetas brasileiros do século 20.

"Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar , não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama(ou acha que ama)e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"

Mário Quintana

domingo, 13 de janeiro de 2008

Fatias do tempo

Estava eu baixando algumas músicas da internet e acabei encontrando “Riacho doce”, de Danilo Caymmi, tema da minissérie da Globo de 1990. Não perdi nenhum capítulo e até hoje adoro esta música, me traz grandes lembraças, uma época muito boa...ai...o tempo...e lá vai o tempo
A TV Globo já fez grandes minisséries, as que eu acompanhei inteiras foram: Anos Dourados, Anos Rebeldes, A Casa das Sete Mulheres, Chiquinha Gonzaga, Os Maias, O Tempo e o Vento, Presença de Anita e uma das preferidas, Riacho doce...tem muito mais minisséries, mas estas foram as que me prenderam e me trazem fatias do tempo que nunca se desfazem...ai me dei conta que este ano a Globo não fez nenhuma minissérie, será contenção, ou o Big Brother é a melhor programação da Globo hoje em dia???


Riacho doce
Minissérie exibida pela Rede Globo nos dias de 31 de julho a 5 de outubro de 1990 com duração de 40 capítulos. Escrita por Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn e direção de Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Luis Fernando Carvalho. Baseado no romance homônimo de José Lins do Rego.

Trama
Riacho Doce é um pequeno lugarejo litorâneo do Nordeste, é liderado por Vó Manuela, mulher mística e poderosa que exerce total domínio sobre o seu neto Nô. O rapaz tem o corpo “fechado” para o amor de qualquer mulher, e todas que dele se aproximam se suicidam ou acabam amaldiçoadas. No entanto a chegada do casal catarinense Eduarda e Carlos em Riacho Doce muda a vida de Nô.

O casal sulista vem para a pequena vila de pescadores porque Carlos quer resgatar a carga de um navio afundado, o que provoca suspeita entre os moradores do local. Eduarda, que passara por diversas crises existenciais, descobre em Riacho Doce uma nova forma de encarar a vida, sobretudo porque se apaixona por Nô. Desafiando os poderes e a autoridade da Vó Manuela, Nô se envolve com Eduarda.

O Bem E O Mal
Danilo Caymmi

Eu guardo em mim
dois corações
um que é do mar
um das paixões
um canto doce
um cheiro de tem...poral
eu guardo em mim
um deus, um louco, um santo
um bem e um mal
eu guardo em mim
tantas canções
de tanto mar
tantas manhãs
encanto doce
o cheiro de um vendaval
guardo em mim
o deus, o louco, o santo
o bem, o mal

sábado, 12 de janeiro de 2008

Pensamentos soltos...

"Um dia feliz
Às vezes é muito raro
Falar é complicado
Quero uma canção"...Jota Quest
É assim que começou o show do DVD do Jota Quest, no momento em que entrei no bar e fui encontrar uns amigos...eu estava completamente longe...pensativa...levitando nos pensamentos... nem a mesa em que eles estavam eu achei...tive que tocar o celular para localizá-los...demos algumas boas gargalhadas e em algum momento, mais tarde, na mesa...com o olhar voltado para o vídeo, porém distante ...sonhei acordada...e no telão tocou mais uma do Jota Quest, esta me fisgou e ganhou um post...

Que Eu Também Não Entendo

Jota Quest
Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo

Amar não é ter que ter sempre certeza
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os
olhos
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso
ser...Até eu mesmo que você vai entender

Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos e até minhas
coisas fúteis

Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo

Agora o que vamos fazer, eu também não sei
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Palavras e Silêncio

"O Poeta se calou...nenhuma letra ou palavra escrita...ou mesmo um suspiro...
Tão perto, que posso tocá-lo...mas os olhos se escondem pela paixão...
Penso que a vida é muito mais divertida, penso que hoje, fiz a minha descoberta...virei refém de mim mesma, de minha inércia...de minha euforia...tudo por admirar e amar demais".
E o estado de espírito encontrou Ivan Lins...

Depois dos temporais

Ivan Lins / Vitor Martins

Sempre viveram no mesmo barco
Foram farinha do mesmo saco
Da mesma marinha, da mesma rainha
Sob a mesma bandeira
Tremulando no mastro
E assim foram seguindo os astros
Cortaram as amarras e os nós
Deixando pra trás o porto e o cais
Berrando até perder a voz
Em busca do imenso,
Do silêncio mais intenso
Que está depois dos temporais

E assim foram sempre em frente
Fazendo amor pelos sete mares
Inchando a água de alga e peixe
Seguindo os ventos
As marés e as correntes
O caminho dos golfinhos
A trilha das baleias
E não havia arrecifes
Nem bancos de areia
Nem temores, nem mais dores
Não havia cansaço
Só havia, só havia azul e espaço

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Certas Coisas

Eu tinha 15 anos, quando eu ia todas as sextas-feiras e sozinha, até o bairro de Santana no bar ShopCenter.

Encontrava com uma amiga que morava perto do bar, ela tinha 18 anos...mas eu tinha bem mais juízo na cabeça que ela, apesar de ser meio doidinha também, pois eu ia a noite, de ônibus e descia na rua Cruzeiro do Sul, onde as drogas e a prostituição rolavam a solta...

Não tenho moral para falar dela, eramos duas malucas, eu, porque gostava de ir ver um conjunto que tocava Beatles e não tinha medo de nada... ela, porque gostava de namorar...me largava no bar e saía com os namorados até dar a hora de me buscar...lá pelas 3:30 da madruga...

Por conta disso, acabei ficando amiga de vários trintões da época, era estranho uma menina de 15 anos conviver no meio dos que tinham o dobro da idade, mas era muito divertido, eles cuidavam de mim.

Uma das milhares de vezes que baixou o juízado de menores no bar, "me danei", na tentativa de fug...ajudada pela galera mais velha...que sempre acontecia...fui pular a janela e dei de cara com um homem gigante, de terno cinza...ele era do juizado...ai pensei, FERROU! ...Mas a Denise, minha amiga, chegou dizendo que era minha irmã mais velha e que a mãe tava muito brava comigo...se desculpou pro homem e me pegou pelo braço e assim, saí muito bem do acontecido...

Foram várias e várias vezes...o juizado, as fulgas, os meninos que tocavam Beatles, os trintões que cuidavam de mim, as danças agarradinhas para esconder o rosto do juizado, as paquerinhas, o subir na privada do banheiro e fechar a porta para não ser vista, o pular a janela...e ouvir Lulu Santos que intercalava com os Beatles...Foi um período prá lá de bom!

Me veio na memória está história, por que ouvi no rádio...bendito rádio...a canção "Certas Coisas", que tocava muito nesta época e neste bar...e não sabia que depois de 25 anos, eu estaria aqui sentindo a mesma sensação com foco diferente, de estar amando como se eu tivesse 15 anos...


Certas Coisas
Lulu Santos / Nelson Motta

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...


quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

"DÉJÀ VU"

Coisas acontecem o tempo todo, coisas que não sabemos explicar e independem da gente...elas simplesmente acontecem...normalmente são relacionadas a sensações que não controlamos, sensações estas, que parece termos vivido na real aquele momento ou a criatividade rola solta...ai é que pega na gente, mesmo quando são sensações que nos dão aconchego e bem estar...fui atrás e acabei me interessando pelo "Déjà vu"...

Déjà vu é uma expressão da língua francesa e língua frisia que significa já visto (literalmente). É uma reação psicológica, para por vezes tornar um local mais acolhedor, fazendo com que sejam transmitidas idéias de que já se teve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, etc.

É uma expressão também muito utilizada pela crítica artística, seja ela literária, cinematográfica, teatral ou musical, no sentido de que o objeto da crítica não trouxe nada de novo, nenhuma originalidade ao mundo artístico.

Não há nada de estranho em não lembrar de um livro que se leu ou de um filme a que se assistiu; estranho (e aqui entra-se no déjà vu) é sentir que a cena que parece familiar não deveria sê-lo. Tem-se a sensação esquisita de estar revivendo alguma experiência passada, sabendo que é materialmente impossível que ela tenha algum dia ocorrido. Mas, o que é mais intrigante nesta questão é o fato do indivíduo, poder nestas circunstâncias, experimentar esta estranha sensação de já ter vivenciado o que lhe ocorre, e além disso, também poder relatar (antes de uma observação) quais serão os acontecimentos seguintes que se manifestarão nesta sua experiência.

Tipos de déjà vu

Déjà vécu


Normalmente usado como 'já visto' ou 'já vivido.

Todos já tivemos alguma vez a experiência de uma sensação, que surge ocasionalmente, de que aquilo que dizemos ou fazemos já o fizemos ou dissemos anteriormente há muito tempo, ou de que já estivemos algures no passado rodeados das mesmas caras, objetos ou circunstâncias, ou de que sabemos perfeitamente o que se vai dizer em seguida como se de repente surgisse da nossa memória.

Quando a maioria das pessoas fala em déjà vu refere-se a situações de déjà vécu. Pesquisas revelaram que cerca de um terço de todas as pessoas tiveram experiências destas, mais frequentes e talvez com maior intensidade em pessoas dos 15 aos 25 anos. A experiência está geralmente associada a um evento muito banal, mas é tão forte que é relembrada por muitos anos após ocorrer.

Déjà vécu refere-se a uma ocorrência que envolve mais do que a mera visão, pelo que é incorreto classificá-lo como "déjà vu". A sensação é muito detalhada, o sentimento é de que tudo é exatamente como foi anteriormente, por isso, as teorias que advogam que a situação teria sido lida previamente ou vivida numa vida anterior são inválidas, uma vez que essas ocorrências nunca poderiam recriar a situação com exatidão seja devido à falta de sentido do envolvimento seja pela presença de um ambiente moderno.

Déjà senti

Esse fenômeno especifica algo "já sentido". Mas sem o mesmo sentido de déjà vécu, déjà senti é primeiramente ou igualmente exclusivo para um acontecimento mental, sem aspectos precognitivos, e raramente, permanece na memória da pessoa logo depois.

O Dr. John Hughlings Jackson recordou as palavras de um de seus pacientes que sofreu de epilepsia psicomotora num trabalho científico de 1989:

"O que prende a atenção é o que a prendeu anteriormente, e com efeito soa familiar, tendo sido esquecido por algum tempo, sendo agora recuperado com uma ligeira sensação de satisfação como se o tivessemos procurado. ... simultaneamente ou melhor logo de seguida estou perfeitamente consciente de que a recordação é ficticia e que não estou no meu estado normal. A recordação inicia-se sempre pela audição da voz de outra pessoa, ou pela verbalização dos meus pensamentos, ou por algo que estou a ler e que verbalizo mentalmente; penso que na fase anormal eu geralmente verbalizo algumas frases simples de reconhecimento como "sim - estou a ver", "claro - já me lembro", etc., mas um ou dois minutos depois não me consigo lembrar nem das palavras nem do pensamento verbalizado que estiveram na origem da recordação. Somente estou firmemente convicto que elas se parecem com o que senti anteriormente sob condições anormais similares".

Déjà visité

Essa sensação é menos comum e envolve um estranho conhecimento de um novo lugar. Quem passa por essa situação, pode conhecer tudo a sua volta em uma cidade que nunca tenha visitado antes. E ao mesmo tempo saber que isso não seria possível.

Sonhos, reencarnação e até uma "viagem fora do corpo" não estão excluídas da lista de possíveis explicações para esse fenômeno. Alguns acreditam que ler um informativo detalhado sobre um lugar pode causar este sentimento quando se visita esse local mais tarde. Dois exemplos famosos dessa situação foram descritos por Nathaniel Hawthorne em seu livro Our Old Home e por Sir Walter Scott em Guy mannering. Hawthorne reconheceu as ruínas de um castelo na Inglaterra e depois pôde verificar vestígios da sensação em uma peça escrita sobre o castelo por Alexander Pope, dois séculos atrás. C. G. Jung publicou um informativo sobre déjà visité em seu artigo no synchronicity em 1952.

Para diferenciar o dejà visité do dejà vécu, é importante identificar a causa da sensação. Déjà vécu é uma referência a ocorrências e processos temporais. Enquanto déjà visité tem mais ligações a dimensões geográficas e espaciais.


Jamais vu


Do francês para "nunca visto", a expressão significa explicitamente não recordar ver algo antes. A pessoa sabe que aconteceu antes, mas a experiência faz-se sentir estranha. Descrito frequentemente como o oposto do déjà vu, os jamais vu envolvem uma sensação de medo e a impressão de observador da situação pela primeira vez, apesar de, racionalmente, saber que estiveram na situação antes. Jamais vu é associado às vezes com determinados tipos de amnésia e de epilepsia. Um gracejo velho da internet classificou a este sentimento como o vujà dé presque vu: da língua francesa, significando "quase visto", mas não completamente, recordando algo. Frequentemente muito desorientador e distrativo, o presque vu conduz raramente a uma descoberta real. Frequentemente, alguém que experimente um presque vu dirá que está à beira de uma epifania. Presque vu é muitas vezes referido por pessoas que sofrem de epilepsia ou de outras perturbações cerebrais relacionadas com convulsões, tais como labilidade do lóbulo temporal.
Wiképidia


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A LUA QUE EU TE DEI...


Em 4 de fevereiro de 2001, eu estava trabalhando, quando, por acaso, entrei na página do UOL e li a notícia do acidente de Hebert Vianna... comecei a chorar como se eu fosse uma amiga íntima dele, quando a gente é fã de alguém, de certa forma nos tornamos íntimos da pessoa, acho isso bom, é amor incondicional, não conhecemos face a face, mas amamos nossos ídolos...ou pessoas que admiramos. Foi um dia muito difícil aquele...ninguém sabia se ele iria sair com vida daqueles dias...ai chorei...quase todos os dias, até saber que ele estava fora de perigo...e agradeci como se estivesse agradecendo pela minha própria vida...nunca vi um show ao vivo, adoraria...hoje, quando ouço "Os paralamas" sinto uma felicidade imensa de Herbert estar bem. Vindo do trabalho ouvi a música, "A lua que eu te dei"...e como aqui sou (Meia lua, lembrei de como amar é perfeito...sem pedir nada em troca...então o post sobre ele se fez aqui.

Herbert nasceu em João Pessoa, mas devido à vida militar de seu pai, mudou-se ainda criança para Brasília, onde conheceu Bi Ribeiro. Ao se mudarem para o Rio fundaram os Paralamas (mas alguns consideram os Paralamas parte da "turma de Brasília", como Capital Inicial e Legião Urbana) com o amigo Vital Dias na bateria.

Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a música "Vital e Sua Moto", em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI.

Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo Ê Batumarê (1992). Mais dois seriam gravados, Santorini Blues (1997) e O Som do Sim (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.

Herbert namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, e posteriormente casou com a inglesa Lucy Needham, com quem teve os filhos Luca, Hope e Phoebe.

Herbert desde cedo gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. Em 2001, Herbert passou pelo momento mais crítico de sua vida. No dia 4 de fevereiro, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, na baía de Angra dos Reis. No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma. O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado três álbuns após o acidente: Longo Caminho (2002, preparado antes do acidente), Uns Dias ao Vivo (2004, ao vivo) e Hoje (2005, primeiro de inéditas).

A Lua Que Eu Te Dei
Herbert Vianna
Cantada por Ivete Sangalo

Posso te falar do sonho
Das flores
De como a cidade mudou

Posso te falar do medo
Do meu desejo
Do meu amor

Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixar ver
No céu, a lua
Que um dia eu te dei

Gosto de fechar os olhos
Fugir do medo
De me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis

Sei que não há no mundo
Quem possa dizer
Que não é tua
A lua que te eu dei

Pra brilhar por onde você for
Durma bem
Me queira bem meu amor

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Moulin rouge - Amor em vermelho

Como eu já havia dito em posts anteriores, quando gosto de algo acabo repetindo a dose...uma...duas...três vezes...e hoje, passou pela milésima vez, “Moulin Rouge”. Como gostei tanto deste filme, é lógico que eu não poderia deixar de assistir. É um filme apaixonante! Perfeito! Junta em um único filme música da melhor qualidade, romance, drama e comédia. Nicole Kidman e Ewan McGregor dão um show a parte. Merece um post aqui!

Moulin rouge - Amor em vermelho, é um filme australiano e estadunidense de 2001, do gênero romance musical, dirigido por Baz Luhrmann.

Sinopse
A história se passa em 1900 e gira em torno de um jovem poeta, Christian, que desafia a autoridade do pai ao se mudar para Montmartre, em Paris, considerado um lugar amoral, boêmio e onde todos são viciados em absinto. Lá, ele é acolhido por Toulouse-Lautrec e seus amigos, cujas vidas são centradas em Moulin Rouge, um salão de dança, um clube noturno e um bordel (mas cheio de glamour) de sexo, drogas, eletricidade e - o que é ainda mais chocante - de cancan. É então que Christian se apaixona pela mais bela cortesã do Moulin Rouge, Satine.

Your Song
Elton John

It's a little bit funny, this feeling inside
I'm not one of those, who can easily hide
I don't have much money, but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live.

If I was a sculptor, but then again no,
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much, but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you.

And you can tell everybody, this is your song
It may be quite simple but now that it's done,
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world.

I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses, well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song,
It's for people like you, that keep it turned on.

So excuse me forgetting, but these things I do
You see I've forgotten, if they're green or they're blue
Anyway, the thing is, what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen.

And you can tell everybody, this is your song
It may be quite simple but now that it's done,
I hope you don't mind, I hope you don't mind
That I put down in words
How wonderful life is while you're in the world.


Sua canção
(tradução)

É um tanto engraçado, este sentimento aqui dentro
Eu não sou um daqueles, que conseguem facilmente esconder
Eu não tenho muito dinheiro, mas se eu por acaso tivesse
Eu compraria uma grande casa onde poderíamos morar.

Se eu fosse um escultor, mas também não sou,
Ou um mago que pudesse fazer poções
Eu sei que isso não é muito, mas é o melhor que posso fazer
Meu presente é minha música é esta é pra você.

E você pode dizer para todos que esta é a sua canção
Ela pode ser bem simples mas agora está feita,
Espero que você não se importe, espero que não se importe
Que eu exprima em palavras
Quão maravilhosa é a vida, enquanto você está em meu mundo.

Eu me sento no telhado, limpo os velhos pensamentos
Alguns destes versos, deixam-me muito nervoso
Mas o sol tem sido agradável, enquanto escrevo esta canção
É por pessoas como você que continuo a fazê-la.

Então perdoe meu esquecimento pois faço destas coisas
Não lembro se eles são verdes ou azuis
De qualquer forma, o que realmente importa
É que são seus os olhos mais doces que eu já vi.

A trilha sonora (Moulin rouge) é maravilhosa:

* 1. Nature Boy
* 2. Lady Marmalade
* 3. Because We Can
* 4. Sparkling Diamonds
* 5. Rhythm of the Night
* 6. Your Song
* 7. Children of the Revolution
* 8. One Day I'll Fly Away
* 9. Diamonds Dogs
* 10. Elephant Love Medley
* 11. Come What May
* 12. El tango de Roxanne
* 13. Complainte de la butte
* 14. Hindi Sad Diamonds
* 15. Nature Boy
* 16. Your Song (instrumental)
* 17. Sparkling Diamonds (original film version)
* 18. One Day I`ll Fly Away (Tony Phillips Remix)
* 19. The Pitch (Spectacular Spectacular) (original film version)
* 20. Come What May (original film version)
* 21. Like a Virgin (original film version)
* 22. Meet Me in the Red Room (original film version)
* 23. Your Song (instrumental) From The "after The Storm" Scene -
* 24. The Show Must Go On (original Film Version)
* 25. Ascension / Nature Boy - From The "Death and Ascension"
* 26. Bolero (original film version)
* 27. In The Name Of Love

domingo, 6 de janeiro de 2008

Um olhar através do tempo

Sábado pela manhã, passei em frente ao museu do Ipiranga, eu estava de carro, normalmente vou a pé para fazer caminhada, mas de dentro do carro, tive uma visão diferente, voltei aos meus 6 ou 7 anos de idade, eu pude ver e sentir minha mãe, minhas irmãs e eu, brincando entre as árvores que se mantém iguais até hoje...acho que foi a luz e o cheiro daquele exato momento...
Sempre que dava, minha mãe levava a gente, eu adora escorregar na lateral da escadaria do museu e até hoje, as crianças brincam assim...
Tive, por um momento apenas, mas tive...a sorte de estarmos todas juntas novamente...e uma alegria tomou conta de mim...

Felicidade
Lupicinio Rodrigues
Felicidade foi-se embora

E a saudade no meu peito ainda mora

E é por isso que eu gosto lá de fora

Porque sei que a falsidade não vigora.

A minha casa fica lá de trás do mundo

Mas eu vou em um segundo

Quando eu começo a cantar...

Meu pensamento parece uma coisa a toa

Mas como é que a gente voa

Quando começa a pensar.

sábado, 5 de janeiro de 2008

“Pecados Íntimos” (filme)

Estamos sempre tentando preencher os espaços vazios da alma, procurando...procurando sempre...a procura... do amor... de alguém, cada um na sua maneira, mas seja qual for, o vazio está lá para ser preenchido, mesmo quando já amamos alguém...a procura sem fim.
O filme "Pecados Íntimos", é maravilhoso, a reflexão que fica nos pega lá dentro, não tem como não mexer com a gente, vale a pena assistir.

Por: Fabiane Secches

“Pecados Íntimos”, do talentoso Todd Field (de “Entre Quatro Paredes”, 2001), vai aos cinemas para incomodar. Mas, claro, quando se trata do questionador Field, este incômodo vem na melhor acepção da palavra.

O filme recebeu diversas indicações a diversas premiações: não apenas teve o reconhecimento do Globo de Ouro e BAFTA com indicações importantes, mas também do Sindicato das Mulheres Jornalistas da América, da Associação de Críticos de Nova York, de São Francisco e de Washington, assim como da Associação de Críticos Ingleses, além do "Satellite Awards" (premiação da imprensa internacional), entre muitos outros.

À premiação da Academia que se aproxima, o filme chega com três indicações ao Oscar: Melhor Atriz (Kate Winslet), Melhor Ator Coadjuvante (Jackie Earle Haley) e Melhor Roteiro Adaptado (de Todd Field e Tom Perrota, baseado em romance do próprio Perrota).

Embora possa se dizer que o filme escapa do formato cinematográfico tradicional, também é verdade que não é tão revolucionário assim em sua fórmula narrativa: “Pecados Íntimos” tem um inconfundível ar do premiado “Beleza Americana” (1999), do diretor inglês Sam Mendes.

Também há aqui o narrador onisciente em off, trazendo comentários sofisticados sobre os acontecimentos. E há a mesma ironia, o refinado senso de humor (negro), que paira sobre a crítica de costumes à hipocrisia da sociedade norte-americana, representada no filme por uma pacata e arborizada cidade de interior.

Então, ainda que o foco desta vez seja outro, a sua estética inegavelmente tem muito de “Beleza Americana”, e a referência de Field é mais do que apropriada para a história que o diretor deseja nos contar.

“Pecados Íntimos” originalmente se chama “Little Children”. A infeliz tradução para português faz perder uma grande pista sobre o que o filme é. Não, “Little Children” não é sobre os pecados íntimos, é sobre pequenas crianças. Pequenas grandes crianças, aliás.

O filme é essencialmente uma estória sobre pais e filhos. E se de novo poderíamos mencionar Sam Mendes aqui, já que em outro filme - “Estrada para Perdição” (2002) - passou também por este tema, é certo que, desta vez, a comparação (tanto de conteúdo como de forma) seria injusta. Field opta por um caminho completamente diverso, e ainda vai além.

Embora o universo infantil tradicional faça parte de toda narrativa, com playgrounds, brinquedos espalhados, carrinhos sendo empurrados, bebês embalados no colo e constantes referências às crianças de fato, não é sobre essas crianças que o filme deseja falar. Não. “Little Children” é sobre essas crianças grandes que conhecemos bem: os adultos da atual geração.

A sinopse mais detalhada ajuda a compreender: uma das personagens centrais, Sarah Pierce, é belamente interpretada pela inglesa Kate Winslet (do ótimo “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, 2004). Sarah é uma jovem adulta, casada com Richard (Gregg Edelman) e mãe de Lucy, uma linda e geniosa garotinha de três anos. Solitária desde que optou por deixar o trabalho para cuidar da filha, vive um casamento morno. Sarah até tenta se encaixar na vida de uma dona de casa comum, embora não tenha talento para isso. Inteligente e questionadora, sente-se um peixe fora d'água quando vai ao playground da vizinhança com Lucy e tem que conviver com outras mães tradicionais.

O que parece que vai ser apenas uma crítica de costumes ao casamento e à instituição familiar, depois transcende, o que é uma agradável surpresa para o espectador.

Pois bem. Freqüentam este mesmo playground, entre as mães usuais, o pai coruja Brad Adamson (Patrick Wilson, de “O Fantasma da Ópera”, 2004) com seu adorável filho Aaron, o que perturba as mulheres em volta, que suspiram por ele.

Brad é casado com Kathy (a belíssima Jennifer Connelly, de “Uma Mente Brilhante”, 2001) e é ela que ocupa o papel tradicional do homem da casa: enquanto Brad passa o dia solitário brincando com o filho em casa, no playground ou na piscina pública, Kathy passa o dia trabalhando como documentarista e sustenta toda família.

Brad e Sarah acabam por se aproximar e descobrir que entre eles há esse denominador comum, e depois de atraídos um pelo outro, usam a paternidade/maternidade como desculpa para encontros cada vez mais freqüentes.

Nesta mesma tranqüila cidade onde vivem, também está o perturbado Ronnie J. McGorvey (interpretado com talento por Jackie Earle Haley), um ex-prisioneiro que assediava crianças, exibindo-se para elas.

Ronnie vive solitário ao lado de May, sua mãe protetora (Phyllis Somerville), e é naturalmente temido por toda vizinhança. Logo no começo do filme, quando Ronnie é solto e uma reportagem a respeito é realizada na região, uma das mães aflitas diz que tê-lo morando em um local com tantas crianças é como ter um alcoólatra trabalhando em um bar: isso não acabaria bem.

Ronnie então é perseguido por todos, especialmente pelo ex-policial Larry Hedges (Noah Emmerich), o maior inconformado. Depois de ter sido afastado da Polícia após um tiroteio em um shopping que acabou mal, Larry está obcecado pela presença de Ronnie e quer garantir que um homem perigoso como ele jamais tenha paz o suficiente para abordar as crianças do local.

Pronto, o cenário da confusão está armado e “Pecados Íntimos” começa a entrelaçar as histórias e a aprofundar reflexões, com direito a citações de Madame Bovary e tudo o mais. Depois de descobrir que seu marido está envolvido com pornografia na internet, e não muito entusiasmada com seu casamento, Sarah acaba se envolvendo com Brad. Ele, por sua vez, está cansado de ser submisso à esposa e parece gostar de se sentir um homem novamente, e não apenas um pai.

Até aí, tudo bem: conseguimos compreender seus sentimentos e até nos solidarizamos com eles. No entanto, à medida que Field penetra nos relacionamentos, percebemos que não, não é uma bandeira a favor da rebeldia aos costumes, é mais que isso. É um filme sobre a dificuldade de aceitar a vida adulta com todas as suas ocupações e preocupações.

Percebemos que Sarah e Brad não conseguem se conformar com seus novos papéis, mas são completamente resignados quanto a buscar, efetivamente, outros papéis. O caso extraconjugal é o máximo de ousadia que se permitem, e achando que esta atitude desvela não somente o apetite sexual, mas, sobretudo, o apetite de mudança, nós nos surpreendemos, enfim, ao perceber que não passa de uma fuga quase adolescente - e que jamais poderá ir a lugar algum, a menos que eles se tornem, de uma vez, adultos.

Mas não pensem vocês que a mensagem é mastigada para o espectador. Não, não. Field constrói um filme aberto, que permite várias leituras, embora nos conduza todo o tempo através das entrelinhas para esta interpretação final: as pequenas crianças do título não são Lucy e Aaron, são Sarah e Brad, e mesmo Richard e Kathy.

E as pequenas crianças do filme não estão correndo nos parques, ou sendo embaladas nos balanços, ou brincando na piscina... as pequenas crianças do título estão aprisionadas em seus corpos de adultos, como Ronnie, e, talvez por esta razão, ele não consiga se sentir sexualmente atraído por pessoas de sua idade - e aí esteja a verdadeira causa do seu comportamento deturpado.

Admito: esta é a minha livre interpretação sobre Ronnie, e pode ser psicanalítica demais, mas faz todo o sentido se juntarmos as peças do quebra-cabeça que Field nos oferece, uma a uma. Desde o começo do filme, com a tomada da casa de May e Ronnie, com as estátuas de crianças enfeitando a sala, e os muitos relógios que se somam a elas. É o tempo correndo, a vida adulta chamando, mas o desejo da infância que aprisiona. Desejo de proteção, de zelo, de descompromisso e pureza.

Ronnie, do alto de seus cinqüenta anos, nunca lavou uma louça, diz May temendo pelo futuro de seu filho depois que ela morrer. Brad, apesar de ter se formado advogado, nunca é aprovado no exame da ordem e à noite, quando sai para estudar na biblioteca municipal, na verdade nunca chega a entrar. Fica apenas observando os adolescentes fazendo manobras com seus skates. Sarah está decepcionada com o marido, mas nunca busca uma conversa madura com ele e, apesar de fisicamente presente para Lucy, está completamente distante da filha, do seu papel de mãe.

Então Sarah, Brad, Kathy, Richard, Ronnie e Larry são as pequenas crianças. Nunca enfrentam seus problemas reais, sempre buscam alternativas infantis para escapar deles na ilusão de que estão sendo revolucionários. Quando Sarah chora e é consolada pela filha de três anos com um maduro “está tudo bem, mamãe”, os papéis completamente invertidos, a mensagem para mim já estava clara.

O clímax do filme acontece como um despertar. Primeiro, temos a sensação que podemos caminhar para um final trágico, como na referência de Madame Bovary. Então tememos pela vida de Sarah, de Brad e de Lucy. Mas, sem estragar o final do filme, posso assegurar: Field não estava interessado em chocar, ele estava interessado em incomodar. E é essa diferença que na maioria das vezes separa um mau de um bom filme.

Se “Pecados Íntimos” não é impecável, até suas imperfeições parecem ter sido premeditadas, de certo modo, para que o filme não fosse o que o filme não é. Para que a mensagem, ao final, não fosse tão amarradinha e óbvia. Para que o espectador se perdesse algumas vezes dentro da estória, e das subtramas da estória, e tenha a sensação de ter divagado mais do que o preciso, em uma sessão de mais de duas horas no cinema.

Mas sabe de uma coisa? A vida não é exatamente assim? Quando achamos que estamos na direção certa da compreensão e do auto-conhecimento, nós não aprendemos que ainda falta muito para se chegar lá? Em “Pecados Íntimos” acompanhamos a hesitação dos personagens e concordamos com eles algumas vezes, para depois, com uma visão mais ampla da estória, enfim discordar. Percorremos junto com os personagens a evolução dos seus dilemas até chegarmos a máxima que o resume: crescer dá trabalho.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Um Poeta...Antonio Gamoneda

Antonio Gamoneda (n. Oviedo, 30 de Maio de 1931) é um crítico de arte e poeta espanhol vencedor do Prémio Cervantes de 2006.

Reside em León desde 1934. Aí dirigiu a Fundación Sierra-Pambley, vinculada inicialmente à Institución Libre de Enseñanza.

É doutor honoris causa pela Universidad de León.

Algumas das obras deste poeta foram traduzidas para português, como Libro del frío, Arden las pérdidas e Descripción de la mentira. Participou, com diversos textos poéticos, numa Selecta de Poetas de Léon, Tengo Algo de Arbol / Tenho Qualquer Coisa de Árvore, de edição bilingue (castelhano - português).

Participou, com leituras de poemas e conferências, em cursos e encontros de instituições de Espanha, Europa, América, África e Ásia.

Su obra, de una fuerza excepcional, ha sido reconocida tardíamente como una de las grandes voces de la poesía española actual, lo que ha culminado con la concesión casi simultánea de dos de los más altos galardones; el Premio Cervantes y el Premio Reina Sofía a la poesía iberoamericana.
wikipédia

AMOR
Mi manera de amarte es sencilla:
te aprieto a mí
como si hubiera un poco de justicia en mi corazón
y yo te la pudiese dar con el cuerpo.

Cuando revuelvo tus cabellos
algo hermoso se forma entre mis manos.

Y casi no sé más. Yo sólo aspiro
a estar contigo en paz y a estar en paz
con un deber desconocido
que a veces pesa también en mi corazón.

***********************************************

Meu jeito de te amar é simples:
te aperto contra mim
como se houvesse um pouco de justiça em meu coração
e pudesse transmitir com meu corpo.

Quando revolvo teus cabelos
algo maravilhoso se forma entre minhas mãos

E quase nada mais sei. Apenas aspiro
a estar contigo em paz e a estar em paz
com um dever desconhecido
que às vezes pesa também em meu coração.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

SHAKESPEARE

William Shakespeare (23 de abril de 1564 - 23 de abril de 1616). Escritor britânico. Considerado poeta nacional inglês e maior dramaturgo da literatura universal.

Principais obras

A Comédia dos Erros (1592-1593)
  • "A mancha do adultério em mim se alastra. Trago no sangue o crime da luxúria, pois se ambos somos um, e prevaricas, na carne trago todo o teu veneno, por teu contágio me tornando impura".
  • "As queixas venenosas de uma esposa ciumenta são de efeito mais nocivo do que dentada de cachorro louco".
  • "Sem ser provada, a paciência dura".
  • "As mais belas jóias, sem defeito, com o uso o encanto perdem".

Macbeth (1605-1606)

  • "Tens medo de nos atos (...) mostrar-te igual ao que és nos teus anelos?"

O Rei Lear (1605-1606)

  • "A cólera também tem privilégios".

Péricles (1608-1609)

  • "É lícito aspirar ao que não se pode alcançar".

Antônio e Cleópatra (1606-1607)

  • "Pobre é o amor que pode ser contado".
  • "Entre dois beijos abrimos mão de reinos e províncias".

Noite de Reis (1599-1600)

  • "Os amigos me adulam e me fazem de asno, mas meus inimigos me dizem abertamente que o sou, de forma que com os inimigos (...) aprendo a me conhecer e com os amigos me sinto prejudicado".

A Tragédia do Rei Ricardo II (1595-1596)

  • "Nada me deixa tão feliz quanto ter um coração que não se esquece de seus amigos".

Trabalhos de Amor Perdidos (1594-1595)

  • "Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos".

Henrique VI (1590-1591)

  • "As águas correm mansamente onde o leito é mais profundo".

As Alegres Comadres de Windsor (1600-1601)

  • "Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer".

Conto do Inverno (1610-1611)

  • "Se os maridos das esposas infiéis desesperassem, enforcar-se-ia a décima parte da humanidade".

Coriolano (1607-1608)

  • "A adversidade põe à prova os espíritos".

Sonho de uma Noite de Verão (1595-1596)

  • "O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, é cego e tão potente".

Como Gostais (1599-1600)

  • "Se não te lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste".

O Mercador de Veneza (1596-1597)

  • "Podeis crer-me, senhor: caso eu tivesse tanta carga no mar, a maior parte de minhas afeições navegaria com minhas esperanças. A toda hora folhinhas arrancara de erva, para ver de onde sopra o vento; debruçado nos mapas, sempre, procurara portos, embarcadoiros, rotas, sendo certo que me deixara louco tudo quanto me fizesse apreensivo pela sorte do meu carregamento."
  • "O amor é cego, e os namorados nunca vêem as tolices que praticam".

Tróilo e Cressida (1601-1602)

  • "Nisto (...) é que consiste a monstruosidade do amor: em ser infinita a vontade e limitada a execução; em serem ilimitados os desejos, e o ato, escravo do limite".

Cimbelino (1609-1610)

  • "Os motivos do amor não têm motivo".
(Wikiquote)