"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Vidas tão passageiras

Refrão

"Sei que preciso amar alguém
Sei que desperdicei tempo demais
Sei que estou exigindo perfeição
De um mundo por demais imperfeito
Sou tolo o suficiente
Para pensar que é o que encontrarei

Portanto, aqui estou com bolsos
Cheios de boas intenções
Mas nenhuma delas
Vai me consolar esta noite
Estou bem acordado às quatro da manhã
Sem um amigo à vista
Estou abandonado
Mas está tudo bem comigo..."

Sinto saudades, sinto alegria de encontrá-los aqui no blog depois de tantos anos..."The Carpenters"
(dupla musical da década de 1970, composta pelos irmãos Karen (1950-1983) e Richard Carpenter (1946), vieram trazer uma alegria nostálgica que inflamou meu coração...cantando " I need to be in love"(tradução)...
Saudades...

Carpenters - I Need To Be In Love

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Todos estão mudando...

"Tão pouco tempo
Tente entender que eu estou
Tentando fazer um movimento só para continuar no jogo
Eu tento ficar acordado e lembrar meu nome
Mas todo mundo está mudando e eu não sinto o mesmo..."


Keane, com estas palavras invade o blog para marcar presença...
Depois de tanto tempo sem ouvir "Everybody's Changing",
achei que fez sentido agora...
Sumindo em uma luz bonita...
Apenas um movimento só para continuar no jogo...
Sem o movimento o jogo acaba...
E as ilusões se vão...
E elas voltam como ondas no mar...

Keane - Everybody's Changing

domingo, 26 de outubro de 2008

Eu canto porque estou feliz...

Hoje, visitei mais um texto (novo) de alguém que escreve... "o poeta"... e lá estava ele perfeito nas entrelinhas de suas palavras...saudades...
Para ilustrar este momento, Lauryn Hill e Tanya Blount, cantando "His eye on the sparrow "...

...e assim cantam...
"Eu canto porque estou feliz
Eu canto porque estou livre
Eu canto porque estou feliz"

E com vocês...

his eye on the sparrow lauryn hill et tanya blount

sábado, 25 de outubro de 2008

C Moon...

Um pouquinho de voltas por aí...navegando...caminhando...encontrei Paul MacCartney, na época dos Wings e fechei com ele:
Eu falei para ele o quanto gosto dos Beatles e ele...ele me retornou com uma canção feita sob encomenda para a (Meia Lua...
boa gente esse Paul MacCartney"..... Eu mereço!

Paul McCartney - C-Moon

terça-feira, 21 de outubro de 2008

FOR YOU

Um espaço onde posso estar de verdade... onde tudo é mágico...onde pessoas dos sonhos se tornam realidade...
Aqui o mundo é mais real que a própria realidade...não quero mais acordar dos sonhos reais...
Não quero mais perder tempo com futilidades...só quero sonhar...no mundo real...

Com o brilho que ilumina este momento, a música de Coldplay, entra em mim como um sonho...um sentir...um estado de felicidade... Chris Martin, o vocalista, é uma paixão, um encanto...e na sua deliciosa interpretação, cantado "For You", ele me faz pensar longe...


For You - Coldplay

domingo, 19 de outubro de 2008

Obra prima!

Adoro os textos de Marina Colasanti (escritora e jornalista)...ela escreve de forma descritiva e profunda (verdadeiras obras primas), tenho grande admiração por ela...
Neste conto, "A Moça Tecelã", Marina, descreve de uma forma simples, delicada, eficiente e objetiva, um conto de fadas que narra o dia-a-dia de uma moça que tece.
Para quem gosta de suas obras como eu... o post de hoje, vai para um (brilhante) texto... desta grande escritora.














A Moça Tecelã

[Marina Colasanti *]

Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava-se ao tear.
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte.
Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.
Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.
Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias.
Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado.
Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa
nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado.
Estava justamente acabando de entremear o último fio da ponto dos sapatos,
quando bateram à porta.
Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida.
Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade.
E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar.
— Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs
cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer.
Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente.
— Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata.
Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos portas, e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira.
Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre.
— É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos!
Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados.
Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.
E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela
primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo.
Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear.
Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela.
A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar.
Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pé desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu.
Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

* COLASANTI, Marina. Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento. 6. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1982.

sábado, 18 de outubro de 2008

INTENSAMENTE








Maroon 5 é uma banda de rock dos Estados Unidos.

É formada por Adam Levine (vocal, guitarra) James Valentine (guitarra) Jesse Carmichaelteclados) Mickey Madden (baixo) Matt Flynn (bateria). [Wikipédia]

Esta banda chega ao Brasil em novembro e no dia 9 se apresentará na Via Funchal.

Aprendi a gostar deles, já ganharam alguns posts aqui...
Hoje, a música "Goodnight
Goodnight" (tradução), me trouxe intensamente na memória, alguém que escreve... esta música marcou um dos melhores períodos da minha vida...toda vez que ouço, é como se vivesse tudo novamente com o poeta...no início deste blog.

E com vocês...

Maroon 5 - Goodnight Goodnight

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

P u r a P O E S I A

Sabe o que eu mais sinto saudades indo para casa?
De caminhar pelos textos não lidos ainda...andar pelas palavras... cada letra... ler e reler...a melodia da ficção que me toca o coração...a cada palavra escrita...você, poeta das letras...
Sinto falta também dos grandes olhos negros da minha pura poesia...que mesmo em sonhos, eras o poeta e sempre serás...
E lá estava a canção "Palavras do Coração" de Bruna Caran, tocando no rádio...me trazendo o poeta e a poesia...

Bruna Caram - "Palavras do Coração"


domingo, 12 de outubro de 2008

ABRAÇOS













O que um simples abraço
pode causar nas pessoas?


O abraço é uma troca imediata de energias...é quando duas ou mais pessoas ficam parcial ou completamente entre os braços da outra.
Ele acontece em várias situações...

na demonstração de afeto de uma pessoa para outra...
no carinho que sentimos...
no se querer bem...

A campanha do livre abraço, que circulou pela internet, me fez pensar na simplicidade das coisas, de como é fácil ter uma atitude do bem...como é bom acreditar nas pessoas e em você mesmo...como é bom ser simples e pensar que possuímos o poder de colocar em prática essa atitude tão gostosa e tão gratificante...


O post de hoje vai para esta campanha (Free Hugs Campaign) com a música "All the Same"(tradução), de Sick Puppies (uma banda rock de Sydney, Austrália).


Free Hugs Campaign (music by Sick Puppies)

sábado, 11 de outubro de 2008

Ser Romântico

Algumas pessoas deixam de lado o romantismo pelo racionalismo, vivem das aparências... massss...ainda tem muita gente que é puro romantismo!
Ser romântico para mim, é ser intenso nas emoções, é dar sentido e colorido a vida...


[O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. wikipédia]

Na interpretação de Caetano Veloso, acompanhado de Jaques Morelenbaum, tocando um Violão Cello, que fez toda a diferença neste arranjo... e me trouxe o romantismo a flor da pele...
Com vocês..."O Último Romântico"...


Caetano Veloso - O Ultimo Romântico

terça-feira, 7 de outubro de 2008

I Love You...uuuu...









Já falei aqui no blog sobre o Marco Antônio Mallagoli, amigo e agente do conjunto "Straberry Fields" composto por Sandra McCartney, no vocal e baixo; Cristiane Lennon, no vocal e guitarra base; Patrícia Harrison, no vocal e guitarra sólo e finalmente o ilustre... Ulisses Starr, na bateria, anos 80... só o Marcão para colocar a gente numa fria...rs
Tive o privilégio de ver hoje, depois de tantos anos, minha querida amiga Patrícia Harrison, solando e cantando ao lado desta ilustre banda Revolution...(o marco é o vocalista desta música).
A Paty tá tentando me convencer de ir para Liverpool, em agosto de 2009, na excursão promovida pelo Marco para conhecermos os passos dos Beatles...ela tá dizendo que o Paul McCartney estará lá para nos receber...

Pergunta que não quer calar...
Será que ele estará mesmo lá?
Será que vamos?

O post de hoje é para essa galera que mora no coração...

Day Tripper com Patricia



O Marcão deixou no vídeo a seguinte frase:
" No show da banda Revolution, dia 28/09/2008, na canja tivemos a grata supresa de contar com a Patricia que foi guitarrista-solo de umas das bandas mais cultuadas no Bar Revolution, da Alameda Franca nos 80- Strawberry Fields...e ela continua incrivel.Cadê as outras????"

Marcãooooooooooooo, estamos aqui, eu e a Sandra, falta achar o Ulisses...rs
Beijos...
:)

domingo, 5 de outubro de 2008

No mesmo lugar...

"Daqui a um mês
Quando você voltar
A lua vai tá cheia
E no mesmo lugar...
Se eu pudesse escolher
Outra forma de ser
Eu seria você"

[A saudade em mim agora, me trouxe as palavras de Biquini Cavadão, cantando "Quanto tempo demora um mês"... calor...frio...chuvas...lembranças...chegadas e partidas...partidas e chegadas...seu pudesse escolher outra forma de ser...o tempo...seja como for...a lua estará sempre no mesmo lugar...]

Biquini Cavadão - Quanto tempo demora um mês

sábado, 4 de outubro de 2008

SIMBOLISMO


Ismália, é um dos poemas ricos do Simbolismo, escrito pelo grandioso poeta mineiro, Alphonsus Henriques da Costa Guimaraens, principal representante desta fase literária no Brasil.
Estes poetas se tornavam tão implacáveis em seus escritos por serem protegidos em seu Lema – Um poeta simbolista não diz nada, apenas sugeri...me identifico e aprecio muito os poemas desta fase literária e o poema, Ismália, é um dos meus favoritos...


Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava longe do céu...
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar. . .
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma, subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...