Porque?
Amo tanto a vida, as pessoas e as coisas que nem mesmo cabe em mim...
O amor ultimamente está fora de moda...o respeito então!
Tudo bem, não vou me adaptar...não quero me adaptar...só quero estar fora de moda mesmo!
*-*
E ao negro da noite...encontro este poeta, Augusto dos Anjos, que me da a graça e o sorriso de esperança...
Ao Luar
Quando, à noite, o Infinito se levanta
A luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha tactil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!
Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!
Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado,
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado...
Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!
Augusto dos Anjos
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