"Mesmo sendo eu "ignorante" neste universo da poesia, adoro esta pessoa que é Castro Alves, em cada vírgula.
Assim como ele dedica sua antologia à memória de seus pais, dedico este espaço, em que escrevo, aos meus pais que se foram prematuramente como os dele".
No "Prólogo", Castro Alves pergunta "o que são na verdade estes meus cantos?", para adiante responder:
"Como as espumas, que nascem do mar e do céu, da vaga e do vento, eles são filhos da musa - este sopro do alto; do coração - este pélado da alma. E como as espumas são, às vezes, a flora sombria da tempestade, eles por vezes rebentaram ao estalar fatídico do látego da desgraça(...)"
Em tom muitas vezes grandiloqüente, os versos surgem, como verdadeiros exemplares do Romantismo, eivados de carregadas figuras de linguagem.
É assim que relembra amores - consumados ou não - e desfere o ardor que o final da paixão com a atriz Eugênia Câmara lhe causara - uma "Immensis orbibus anguis", que: "Assim bebeu-te a vida, a mocidade e a crença / Não boca de mulher... mas de fatal serpente!..."
O estilo épico, revelado posteriormente em poemas como "Vozes d'África", surge na "Ode ao Dous de Julho" - referência à mesma data da Independência da Bahia na qual lutara ao avô.
Castro Alves dedica sua antologia à memória do pai, o médico Antônio José Alves; da mãe, D. Clélia Brasília da Silva Castro (filha natural do Herói da Independência da Bahia, Major Silva Castro) e de seu irmão - todos prematuramente falecidos.
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