"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Geração POP



Hoje, achei um exemplar da revista POP e o tempo voltou tão rápido, bastou fechar os olhos... lembro até o dia que guardei a revista dentro de uma pasta escolar, tinha uns 13 anos...

Quando comecei a me interessar pelo universo das revistas, tinha 10 anos, foi em 1977, quando minha irmã mais velha, com 14 anos, comprava todo mês a revista POP.
Foi nesta época que comecei a ficar fã dos Beatles, ganhava bótons que vinham junto com a revista, adorava ver moda e tinha o modelo que fazia sucesso entre as meninas, estava quase sempre nas capas da revista ...

A Geração Pop – também conhecida apenas como pop, já que o logotipo põe esta palavra em destaque – era de música pop em geral. Seu estilo era mais comportamental, mainstream, não se prendendo ao rock, mas a outras tendências populares da música jovem, como a soul music (Jackson Five, Stevie Wonder) e o pop romântico (Carpenters, Elton John). A decadência da revista se deu porque ela não conseguiu acompanhar as tendências musicais atuais.

A imprensa musical no Brasil, tal como conhecemos, começou na década de 70, com a imprensa "udigrudi" (underground), inspirada na imprensa alternativa dos anos 60. A cultura pop ainda não era sinônimo de hit-parade (tal como conhecemos hoje), já que "pop", nos anos 60, era uma espécie de "palavra mágica" que definia, em termos culturais, tudo que era moderno, jovial e, simplesmente, "legal" (conforme a gíria de então).

Nos anos 70, a Editora Abril lançou a revista Geração Pop, enquanto a pequena editora carioca Mandacaru lançava a publicação Rock: A História e a Glória. Esta última era um misto de fascículos com revista cultural normal e, embora o rock – dos Beatles e Rolling Stones aos grupos de classic rock e rock progressivo da época, além do cenário nacional que ia dos famosos Raul Seixas, Secos & Molhados a Rita Lee a O Terço e o obscuro O Peso, que chegou a fazer parte das atrações do Hollywood Rock 1975 – fosse o gênero de destaque, a publicação também falava de MPB, sobretudo dando espaço a artistas obscuros.

Eu era bem criança nesta época, mas tive o gosto de viver e conhecer uma geração completamente desencanada, ingênua, romãntica e de gosto apurado pela música...

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da nota, fui leitor da revista POP, era muito boa, pena a editora abril ter tirado a revista de circulação.
amigo!

Cmoon... disse...

amigo...
seja bem vindo ao blog (Meia lua...
A revista POP foi substituída pela revista Bizz, que tb já enfrentou as suas crises.