"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

quinta-feira, 31 de julho de 2008

SOLIDÃO










O por do sol alaranjado lhe confortava no caminho longo pelas terras gramadas...
De muito longe... ele observava ela andando...seu coração dilacerado...
Ela sentia frio, solidão e o desprezo por si mesma...já não se conhecia mais...
Que diabos fazia ela só naquela imensidão...
Seria um mau entendido?
Nada mais era como antes...ela parou...olhou para o infinito e caiu de joelhos no gramado molhado que anunciava a noite chegando...seus ombros pesaram fazendo assim, que a sua cabeça erguer-se para o céu...a quanto tempo ela não via o céu...lágrimas caíram pela sua face pálida...
Nesse momento, ele teve o impulso de correr até ela e levantá-la...mas exitou por medo...
Um vento forte jogava seus cabelos para os lados...ela colocou uma de suas mãos no bolso do vestido e tirou uma tesoura...com a outra mão segurou o cabelo e o cortou rente a nuca...uma grande mecha do cabelo caiu de sua mão junto com a tesoura...
Ela concluiu seu sofrimento caindo sobre a grama gelada...
Então... ele correu...correu desesperadamente até ela...
Ouviu o seu último suspiro...
E um grito se fez no infinito...

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse drama me levou até o século 18, hiper romantismo.
Saudades.
:-)

Cmoon... disse...

Mauro: acho que sou a encarnação do poeta Alvares de Azevedo...rs*
:)

Anônimo disse...

Muito triste!

Cmoon... disse...

Visitante: Tudo é uma questão de estado de espírito...uma tristeza aparente pode ser uma alegria interior cheia de paixões.
Apareça sempre...
:)