"Tudo começou pelo olhar. Foi nos meus olhos que o amor começou...Eu só tinha aquilo que meus olhos ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que meus olhos viram, foi isto que amei..." [Rubem Alves]

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Sem cerimônia...

Nos momentos que paro um pouquinho de trabalhar, os poemas me vem a mente como a brisa do vento soprando em meus ouvidos...tudo imaginação de primeira qualidade...se todos fossem assim que bom seria...viver de fantasia... pelo menos aqui no blog...sinto saudades de alguns textos que me colorem a vida...mas os olhos do poeta me levam até eles...e Elisa Lucinda passou por aqui deixando um pouco do seu brilho...*-*

PENETRAÇÃO DO POEMA DAS SETE FACES
(A Carlos Drumond de Andrade)
Ele entrou em mim sem cerimônias
Meu amigo seu poema em mim se estabeleceu
Na primeira fala eu já falava como se fosse meu
O poema só existe quando pode ser do outro
Quando cabe na vida do outro
Sem serventia não há poesia não há poeta não há nada
Há apenas frases e desabafos pessoais
Me ouça, Carlos, choro toda vez que minha boca diz
A letra que eu sei que você escreveu com lágrimas
Te amo porque nunca nos vimos
E me impressiono com o estupendo conhecimento
Que temos um do outro
Carlos, me escuta
Você que dizem ter morrido
Me ressuscitou ontem à tarde
A mim a quem chamam viva
Meu coração volta a ser uma remington disposta
Aprendi outra vez com você
A ouvir o barulho das montanhas
A perceber o silêncio dos carros
Ontem decorei um poema seu
Em cinco minutos
Agora dorme, Carlos.
Elisa Lucinda

3 comentários:

Anônimo disse...

Hummmmmm!
Estou no Rio J.
saudade.
beijos.

Cmoon... disse...

Mauro: vai ficar muito ai no Rio? Dê notícias...que bom que tem aparecido por aqui...saudades!
bjs,
*-*

Anônimo disse...

Eu deveria estar aí...bj